Política

Datafolha: Eduardo Paes lidera com 53%, e segundo lugar têm empate técnico

Prefeito tem quase o dobro de todos os adversários somados; Tarcísio Motta registra 9%, enquanto Alexandre Ramagem aparece em terceiro com 7%

Agência O Globo - 05/07/2024
Datafolha: Eduardo Paes lidera com 53%, e segundo lugar têm empate técnico
Eduardo Paes - Foto: Reprodução

A primeira pesquisa Datafolha sobre a eleição de 2024 do Rio mostra o prefeito Eduardo Paes (PSD) com confortável vantagem na liderança. O pré-candidato à reeleição lidera com 53% das intenções de voto, contra 9% de Tarcísio Motta (Psol) e 7% de Alexandre Ramagem (PL).

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Depois deles, Cyro Garcia (PSTU) e Juliete Pantoja (UP) têm 3% cada. Como a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, os dois aparecem em empate técnico na segunda colocação com Tarcísio e Ramagem.

Rodrigo Amorim (União) e Marcelo Queiroz (PP) registram 2% cada, e Dani Balbi (PCdoB), 1%. Carol Sponza (Novo) não pontuou. Brancos e nulos somam 14%, enquanto os que não sabem representam 5%.

Paes, portanto, tem quase o dobro dos demais adversários somados. Apesar da diferença, aliados entendem que a vantagem não deve ser tão tranquila durante a eleição, quando as outras candidaturas, ainda tímidas, vão ter mais visibilidade. Mesmo assim, acredita-se na possibilidade de vitória no primeiro turno.

Na pesquisa espontânea – quando os entrevistados não têm à disposição o “cardápio” de candidatos –, 28% citam Eduardo Paes, mas 53% ainda não sabem em quem votar. Ramagem e Tarcísio aparecem com apenas 2% cada.

Incluída na pesquisa, Dani Balbi dificilmente será candidata, dado que o PCdoB integra a mesma federação partidária que o PT, sigla que caminha para apoiar Eduardo Paes. O prefeito é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não pretende nacionalizar a eleição. Ramagem, por outro lado, é o escolhido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aposta nisso para crescer nas pesquisas.

O Datafolha testou um cenário sem Balbi, Amorim e Queiroz. Nele, Paes desponta com 55%, enquanto Tarcísio tem 10% e Ramagem se mantém em 7%. Cyro Garcia oscila para 4%, Pantoja segue em 3% e Sponza passa a pontuar 1%.

Rejeição

A pesquisa testou ainda a rejeição aos candidatos ao perguntar em quais deles os eleitores não votariam de jeito nenhum. Aqui, Paes também está em boa situação: é rejeitado por apenas 19% dos entrevistados.

Os nomes com maior rejeição são Cyro Garcia (27%), Tarcísio Motta (22%) e Alexandre Ramagem (21%). Na sequência, empatado numericamente com o prefeito, Marcelo Queiroz tem 19%. Depois vêm Amorim (18%), Dani Balbi (17%), Pantoja (15%) e Sponza (15%).

Numa eleição em que Paes é o único a já ter ocupado cargo majoritário, o grau de conhecimento dos demais concorrentes ainda é baixo. Enquanto todos dizem que conhecem o prefeito, apenas 37% têm algum nível de conhecimento sobre Ramagem, e 63% sobre Tarcísio.

Uma das estratégias dos adversários para tentar frear o favoritismo do candidato à reeleição é justamente explorar a chamada “fadiga de material” dele. Ou seja, o fato de ter ocupado por muito tempo a prefeitura – caso reeleito, Paes irá para o quarto mandato, com intervalo fora do poder entre 2017 e 2020.

Escolha do vice

A principal novela no período pré-eleitoral do Rio envolve a escolha do vice do prefeito. Como Paes é considerado um candidato natural ao governo do estado daqui a dois, ele deixaria o mandato no meio, caso reeleito, para o escolhido. Por isso, deve botar alguém de seu núcleo duro político, com preferência pelo deputado federal Pedro Paulo (PSD).

Partidos de esquerda tentam um movimento coordenado para tentar o posto, mas a hipótese é considerada muito difícil. Aliados acreditam que o prefeito deve se envolver com mais afinco na definição do vice a partir da próxima semana.

A pesquisa Datafolha está registrada na Justiça Eleitoral com o protocolo RJ-06701/2024. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95%.