Internacional
Presidente da Costa Rica demite ministra da Cultura por apoio à marcha LGBTQIAP+
Nayuribe Guadamuz, responsável pela pasta, deixou o cargo após se dizer favorável à manifestação que acontece no país neste domingo (30)
O presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, demitiu, neste sábado (29), a ministra da Cultura e Juventude, Nayuribe Guadamuz, e o comissário de Inclusão Social, Ricardo Sosa, por apoiarem a marcha LGBTQIAP+ convocada para este domingo (30) na capital do país, San José.
Eleições nos EUA: para 72% dos eleitores, Biden não deveria disputar reeleição
Turquia: Polícia prende participantes de parada do Orgulho LGBTQIA+ no país, onde manifestação é proibida
"A decisão foi tomada porque processaram uma declaração de interesse cultural para uma marcha do orgulho LGBTI sem a autorização do presidente", informou o governo da Costa Rica em comunicado.
Segundo a nota, Chaves "não tinha conhecimento dessa declaração", portanto a demissão dupla se deve ao fato de os responsáveis não o terem notificado da decisão.
"A declaração de interesse cultural da atividade foi anulada pelo governo esta tarde (sábado)", acrescenta o comunicado.
'Extremamente perigoso': furacão Beryl tem ventos de 215 km/h e é elevado à categoria 4
Neste domingo, está convocada uma marcha em San José em defesa dos direitos das pessoas LGBTQIAP+, que começará do Parque Sabana até a Plaza de la Democracia, em frente ao Congresso dos Deputados.
Segundo o comunicado da presidência da Costa Rica, a marcha não conta com autorização das autoridades, o que foi negado pelos organizadores do evento.
"A marcha continua, o ato que está fazendo o senhor presidente é um ato ilegal, os procedimentos foram feitos como é feito em qualquer atividade", sinalizou Geovanny Delgado, porta-voz da Marcha da Diversidade.
A decisão de Chaves “é simplesmente um ato populista, como o que (o presidente de El Salvador) Nayib Bukele fez nesses dias, lamentamos que se prestem para um show”, acrescentou Delgado.
Bukele despediu em julho mais de 300 funcionários do Ministério da Cultura por promover "agendas" incompatíveis com a visão de seu governo. Ele não mencionou a que "agendas" ou "visão" se referia, mas na semana passada nomeou o ministro da Cultura, o ex-docente Raúl Castillo, para que "garantir" pelos os "valores" da família salvadorenha.
O anúncio de Bukele aconteceu dias após o Ministério da Cultura anunciar que cancelou a apresentação de uma peça de teatro porque, em seu primeiro e único dia em cartaz, mostrou "conteúdo impróprio para famílias salvadorenhas".
Na sexta-feira, o Tribunal Constitucional da Guatemala se recusou a proibir a marcha do Orgulho convocada para sábado pela comunidade LGBT, mas ordenou ao governo que garantisse a “proteção” dos “valores” e da “moral”.
O tribunal superior emitiu ordem concedendo proteção provisória a um advogado conservador que buscava impedir o desfile, que ocorreu nas ruas do centro da Cidade da Guatemala, a capital.
Mais lidas
-
1JUSTIÇA CÉLERE
Juiz nega intervenção administrativa e suspensão de recursos ao CSE
-
2LOTERIA
Mega-Sena acumula e irá sortear prêmio de R$ 18 milhões
-
3ESCÂNDALO NO CSE
Presidente José Barbosa responde a áudios vazados e acusações de divisão de receitas do clube
-
4A REVANCHE
CSE sob ameaça de intervenção: advogado entra com pedido de administração judicial e suspensão de recursos públicos e privados ao clube
-
5ADVOCACIA NO INTERIOR
Marianne Garrote é eleita presidente da subseção da OAB em Palmeira dos Índios