Esportes
CSE sob ameaça de intervenção: advogado entra com pedido de administração judicial e suspensão de recursos públicos e privados ao clube

O Clube Sociedade Esportiva (CSE), símbolo esportivo de Palmeira dos Índios, vive um dos momentos mais críticos de sua história. Em meio a um processo judicial que questiona a legitimidade da atual diretoria, liderada por José Barbosa da Silva, o ex-presidente do Conselho Deliberativo, Onofre Raimundo Medeiros Neto, apresentou à Justiça, através do advogado Ailton Júnior, um pedido contundente em reconvencão a uma ação que gerou uma decisão judicial liminar que impediu a eleição no clube no último dia 8 de novembro: a nomeação de um administrador judicial provisório e a suspensão de todos os repasses financeiros ao clube.
Administração Judicial Provisória: Solução para o Impasse?
O pedido de administração judicial provisória surge como uma tentativa de restaurar a ordem e garantir a transparência na gestão do CSE. Segundo a defesa de Onofre, o clube enfrenta uma "acefalia organizacional", agravada por eleições irregulares e a ausência de uma lista oficial de sócios aptos a votar. O administrador provisório teria como missão principal organizar o quadro associativo, convocar uma Assembleia Geral legítima e, posteriormente, viabilizar eleições regulares para o biênio 2025/2026.
A medida, embora extrema, busca assegurar que o CSE volte a operar dentro dos limites legais e estatutários, protegendo sua credibilidade perante a comunidade local e os órgãos esportivos.
Suspensão de Recursos Públicos e Privados
Além da intervenção judicial, Onofre solicita que sejam suspensos todos os repasses financeiros ao CSE até que a situação seja regularizada. Essa medida inclui recursos provenientes do município de Palmeira dos Índios, do governo estadual, da Federação Alagoana de Futebol, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e de patrocinadores privados.
Entre os valores citados no processo, destaca-se um montante de R$ 500 mil destinado ao clube em razão de competições estaduais e nacionais em 2024, além de um adicional estimado em R$ 800 mil pela vaga na Copa do Brasil 2025. Esses recursos, segundo o pedido, não devem ser disponibilizados enquanto não houver uma diretoria legitimamente eleita para gerenciá-los.
Impactos na Gestão e no Esporte Local
A suspensão de repasses pode comprometer severamente as atividades do CSE, desde o planejamento de competições até a manutenção de sua estrutura básica. Por outro lado, o pedido busca evitar que recursos públicos e privados sejam utilizados de forma inadequada durante o período de instabilidade administrativa.
Próximos Passos
A decisão judicial sobre os pedidos apresentados será crucial para o futuro do clube. Se aprovadas, as medidas podem desencadear uma reformulação completa no CSE, o que, embora doloroso no curto prazo, pode garantir sua sobrevivência e sustentabilidade no longo prazo.
Enquanto isso, a comunidade esportiva de Palmeira dos Índios aguarda com apreensão os desdobramentos deste capítulo turbulento na história do CSE, que vai além das quatro linhas e toca diretamente na ética, na transparência e na governança do esporte local.
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