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Dengue e síndromes respiratórias graves desaceleram em SP

Pesquisa feita pelo SindHosp mostra que o tempo de espera para atendimento no pronto-socorro caiu pela metade e comparação com o mês anterior

Agência O Globo - 19/06/2024
Dengue e síndromes respiratórias graves desaceleram em SP
Dengue e síndromes respiratórias graves desaceleram em SP - Foto: Reprodução / internet

Pesquisa conduzida pelo SindHosp - Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo constatou uma desaceleração nos casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) e dengue no estado de São Paulo. O levantamento foi conduzido no período de 4 a 14 de junho, com 81 hospitais privados (75% da capital e grande São Paulo e 25% do interior).

O levantamento mostrou que não houve aumento de pacientes internados com essas condições em 53% dos hospitais privados paulistas, nos últimos 15 dias. No mês passado, apenas 2% das instituições não registravam aumento das internações por essas doenças.

Além disso, este mês, apenas 43% dos hospitais informaram aumento de internações de pacientes com dengue e SRAG ante 96% na pesquisa anterior. A retração dos atendimentos se observa também no pronto atendimento/serviços de urgência com a consequente redução do tempo de espera no pronto-socorro: 68% dos hospitais informam que o tempo médio de espera é de 1 a 2 horas este mês, enquanto na pesquisa de maio, 73% dos serviços de saúde registravam tempo médio de espera de 2 a 4 horas.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a retração da incidência de dengue e SRAG nos hospitais pode estar associada ao clima.

“Ondas de calor em pleno outono podem estar interferindo na incidência de SRAG, pois é típico dessa estação o aumento dessas doenças respiratórias. Ano passado, no mesmo período, registrávamos aumento dessas doenças em nossos hospitais”, destaca.

A pesquisa mostrou ainda que as doenças prevalentes nos hospitais nesse momento são para 34% dos hospitais outras doenças respiratórias que não SRAG, 15% registram doenças crônicas, 11% viroses e para outros 11%, doenças gastrointestinais.