Donos de empresas de estética de São Paulo estão processando as emissoras Globo e Record por reportagens sobre o caso Natalia Becker. O Sindicato Patronal dos Empregadores em Empresas e Profissionais Liberais em Estética e Cosmetologia do Estado de São Paulo entrou na Justiça, alegando que as matérias classificam erroneamente Becker como “esteticista” ou “dona de clínica de estética”, o que, segundo eles, está prejudicando a imagem e a credibilidade da categoria.

Os empresários afirmam que Natalia não possui formação em estética e, apesar de ser dona de uma clínica, não deveria ser chamada de esteticista sem a devida qualificação. O processo, que está na 18ª Vara Cível de Brasília, destaca que as reportagens das emissoras causam “sérios prejuízos” à classe profissional dos esteticistas, comprometendo a regulamentação legal da profissão e induzindo o público a erro sobre os requisitos necessários para o exercício da profissão.

O sindicato pede uma liminar que obrigue as emissoras a referir-se a Becker apenas como influenciadora e não como esteticista, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. A Globo e a Record ainda não se manifestaram sobre o processo. A influencer, que está sendo investigada pela morte do empresário Henrique da Silva Chagas após um procedimento estético em sua clínica, está com suas contas nas redes sociais desativadas, mas antes acumulava mais de 230 mil seguidores.