Internacional
Saiba quem são os 4 reféns resgatados de Gaza pelo Exército de Israel com vida
Cativos foram identificados como Noa Argamani, de 25 anos, Almog Meir Jan, 21, Andrey Kozlov, 27, e Shlomi Ziv, 40
As Forças Armadas israelenses anunciaram, neste sábado, que suas tropas resgataram com vida quatro reféns mantidos em Gaza após uma “complexa operação diurna”. Os cativos, sequestrados durante o festival de música Supernova, foram identificados como Almog Meir Jan, de 21 anos, Noa Argamani, de 25, Andrey Kozlov, de 27, e Shlomi Ziv, de 40. Eles estão "em boas condições médicas" e foram transferidos para o Centro Médico 'Sheba' Tel-HaShomer para exames adicionais.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), o Exército israelense afirmou que eles "foram resgatados em uma operação especial pelas [Forças Armadas] IDF, [Agência de Segurança de Israel] ISA e Polícia de Israel de 2 locais diferentes no coração de Nuseirat [centro de Gaza]".
Almog Meir Jan, 21 anos
Morador da cidade israelense Or Yehuda, foi visto pela última vez em um vídeo feito pelo Hamas por volta de 12h30 (horário local) em 7 de outubro, dia do ataque do Hamas. Segundo seu tio, Aviram Meir, em entrevista ao Times of Israel, Jan pode ser visto no vídeo ao lado de outros jovens, todos "assustados". O Exército confirmou à família que o jovem estava entre os cativos levados para Gaza ainda em 12 de outubro.
— Ele me disse: 'Eles estão atirando, eles estão atirando' — contou a mãe de Jan, Orit Meir, ao jornal israelense. — Ele não conseguia entender o que estava acontecendo.
A família contou ao jornal israelense que Jan estava indo para o festival Supernova, um dos principais alvos dos combatentes do Hamas. O jovem teria passado o dia anterior com os avós, ajudando nos cuidados com avô de 87 anos, que então tinha realizado uma cirurgia nas costas há duas semanas.
Foi descrito pelos familiares como "divertido e (que) leva a vida com leveza", além de "travesso quando criança". Ele também teria sido dispensado do serviço militar três meses antes do seu sequestro e iria iniciar em um trabalho técnico no dia 8 de outubro.
Noa Argamani, 25 anos
Nascida na China e estudante na Universidade Ben Gurion, Noa ficou conhecida no mundo todo por aparecer em um dos primeiros vídeos que começaram a circular sobre ataque do Hamas ao sul de Israel. O vídeo teria sido verificado por seu pai, Yaakov Argamani, ao Canal12 israelense. Nas imagens, a jovem aparece na garupa de uma motocicleta gritando: “Não me mate!”, informou a BBC. Seu namorado, Avinatan Or, também aparece no vídeo, segundo o jornal The Times of Israel. Ele ainda está em cativeiro.
O casal tinha ido para o festival de música na noite de sexta-feira, mas a jovem não tinham mencionado o destino para seus pais, contou Yaakov Argamani, pai de Argamani, segundo vídeo do Bring Them Home Now. Na manhã de sábado, dia do ataque, após participar de compromissos religiosos, o pai da jovem disse que foi verificar o casal e que a filha não estava no quarto. Tentou contato, mas não obteve retorno. Meia hora depois, minutos antes de ser sequestrado, o namorado da jovem telefonou e contou o que tinha acontecido.
— Trabalhei e lutei muito para ter uma filha — contou o pai ao Times of Israel da jovem na época, aos prantos, ao lado da mulher, Leora, que luta contra o câncer.
Ao jornal israelense, a mulher disse que a filha "adora festas e a vida" e que "não fez nada de errado".
Andrey Kozlov, de 27 anos
Natural de São Petersburgo, na Rússia, foi contatado pela última vez às 9h do dia 7 de outubro. O jovem estava em contato com o pai na época, para quem enviou mensagens dizendo ter ouvido tiros. Ele também contatou os amigos, relatando que não tinha onde se esconder enquanto os combatentes do Hamas invadiam o festival.
Kozlov era um recém migrante em Israel, tendo se mudado há cerca de um ano e meio, quando participou do programa de estágio Masa. Segundo sua namorada, Jennifer Master, ele estava feliz no país.
Shlomi Ziv, de 40 anos
Estava trabalhando como segurança no festival quando foi levado como refém pelos militantes. Falou com a irmã por volta de 7h30 da manhã (horário local) e disse que estava tudo bem, afirmando que estava com a equipe em carros e indo pra casa. Adi Kikozashvili, uma de suas irmãs, em entrevista ao Times of Israel, afirmou que Ziv não carregava munição no momento do ataque e que ele teria contado sobre o congestionamento de carros que tentavam sair do local. Sua última conversa foi com sua outra irmã, Revital. Ziv, que respirava pesadamente no momento, disse à irmã: "Te ligo de volta".
Ziv foi ao festival com outras duas pessoas: Aviv Eliyahu, parente de sua esposa e gerente de segurança do evento, e Jake Marlowe, um amigo. Ambos foram mortos. Segundo o jornal israelense, demoraram semanas até que Miran, mulher de Ziv, tivesse informações oficiais de que o parceiro estava sendo mantido refém em Gaza.
O segurança foi descrito pelas irmãs como o típico irmão mais velho, o primeiro a oferecer ajuda e um "tipo de cara sorridente".
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