Cidades
Ministério Público cobra explicações da Prefeitura de Palmeira sobre sonegação previdenciária; prazo expirou na sexta, 31
Multa de R$19 milhões e prejuízo de R$13 milhões sangram os cofres públicos
O Ministério Público de Alagoas está exigindo explicações da Prefeitura de Palmeira dos Índios após a Receita Federal aplicar uma multa de R$ 19 milhões ao município, devido à sonegação de repasses previdenciários e requerer através de representação a condenação do gestor por improbidade administrativa. O prefeito Júlio Cezar da Silva e sua equipe são acusados de não realizar o recolhimento adequado das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e ao PASEP no ano de 2021.
Após a auditoria da Delegacia da Receita Federal em Recife, que identificou graves irregularidades na administração pública local, o caso foi encaminhado ao Ministério Público para investigação mais aprofundada. O procurador-geral de Justiça, Lean Araujo, encaminhou o processo para a promotoria de Palmeira dos Índios, onde o promotor Ricardo Libório instaurou um procedimento específico para acompanhar a demanda.
Em despacho oficial, o promotor Ricardo Libório requisitou informações detalhadas à Prefeitura sobre a sonegação previdenciária. O município foi notificado a fornecer respostas e esclarecimentos até o dia 31 de maio, prazo que expirou nesta última sexta-feira. A Prefeitura, até o momento, não se manifestou publicamente sobre o cumprimento deste prazo ou sobre as providências adotadas.
A inércia da gestão municipal diante da gravidade das acusações pode resultar em consequências severas. Se confirmadas as irregularidades, o prefeito Júlio Cezar pode enfrentar penas que incluem reclusão de 2 a 5 anos, multas e a proibição de exercer cargos públicos. A legislação penal brasileira também prevê penalidades administrativas, como a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos.
O caso reflete a importância da transparência e integridade na administração dos recursos públicos, especialmente aqueles destinados à seguridade social, fundamental para o bem-estar dos trabalhadores brasileiros. A conduta investigada, se comprovada, compromete a confiança no sistema previdenciário e evidencia a necessidade de rigor na fiscalização e cumprimento das obrigações fiscais por parte dos gestores públicos.
A população de Palmeira dos Índios, diretamente afetada pelas penalidades impostas ao município, aguarda uma resposta clara e ações concretas da administração municipal para resolver as irregularidades apontadas e garantir a conformidade com as obrigações previdenciárias.
O Ministério Público deverá continuar a acompanhar de perto o desenrolar deste caso, reforçando seu compromisso com a fiscalização e a responsabilização dos gestores públicos que não cumprem suas obrigações legais, em defesa dos interesses da sociedade e da transparência na gestão dos recursos públicos.
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