A jovem Karine Silva, de 22 anos, morreu no Hospital Regional de Arapiraca por infecção generalizada, suspeita de estar relacionada à colocação de um Dispositivo Ultrainterino (DIU) na Unidade Básica de Saúde (UBS) Sebastião Cândido Alexandre, em Junqueiro, no dia 22 de maio, segundo relato da mãe, Maria das Graças da Silva. Ela foi atendida após se queixar de dores abdominais, foi conduzida à UPA de Junqueiro, mas o estado de saúde dela não melhorou, mesmo após vários retornos à unidade de saúde.

Karine foi, então, encaminhada para o Hospital Regional de Arapiraca, onde os médicos identificaram uma infecção na região abdominal.

Durante a cirurgia, o DIU foi removido, mas já era tarde demais. A jovem foi levada para a UTI, onde acabou falecendo.

Maria das Graças fala em negligência médica, argumentando que, se tivessem agido mais cedo, a tragédia poderia ter sido evitada.

Ela questiona como uma infecção generalizada poderia ter se desenvolvido tão rapidamente após a colocação do DIU, e lamenta a perda da filha.

A Secretaria Municipal de Saúde de Junqueiro se defende e diz que todos os procedimentos foram realizados corretamente, com base nas diretrizes do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Amanda Gomes, secretária de Saúde, afirmou que Karine passou por exames prévios e foi atendida por profissionais capacitados para inserir o DIU.

Eduardo Araújo, presidente das Câmaras do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL), disse que reuniões aconteceram na cidade para conscientizar a comunidade sobre a segurança e a base científica por trás desse método contraceptivo.