Política
Em meio à impasse com Túlio Gadêlha, federação oficializa deputada do PSOL como pré-candidata em Recife
Evento na capital de Pernambuco chancelou decisão do diretório municipal dos partidos; deputado federal afirma que irá levar caso à Executiva nacional

O impasse entre o PSOL e a Rede Sustentabilidade referente as eleições municipais em Recife está cada vez mais próximo de sua resolução. Na semana passada, o diretório municipal da federação oficializou a pré-candidatura da deputada estadual e líder da oposição à governadora Raquel Lyra (PSDB), Dani Portela (PSOL). Apesar da vantagem da adversária, o deputado federal Túlio Gadêlha afirma que irá recorrer à Executiva nacional.
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— Não vamos dar um passo atrás. Queremos dialogar sim, mas as instâncias já foram exauridas. Hoje não lançamos só uma candidatura do PSOL, mas de toda a federação — afirmou Dani Portela durante o lançamento.
Após a declaração, contudo, Gadêlha diz que irá reverter o cenário:
— A direção municipal delibera sobre candidaturas majoritárias proporcionais, e havendo divergência em municípios com mais de 200 mil eleitores, cabe prerrogativa da executiva nacional — disse.
O maior impasse do deputado é a maior representatividade do PSOL na federação, o que favorece a viabilidade do nome de Portela em qualquer disputa interna.
Há meses, Portela e Gadêlha se dizem pré-candidatos, cada um por sua sigla, mas precisam entrar em um consenso, pois só um nome poderá disputar o pleito. Em março, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve na capital para lançar seu aliado.
No início do ano, o parlamentar recusou um convite do PDT para concorrer à prefeitura do Recife. Segundo dirigentes pedetistas, ele chegou a acertar a ida, mas recuou sob o receio de perder seu mandato federal.
'Machismo e racismo'
Em entrevista ao GLOBO Dani Portela, disse ser vítima de racismo e machismo.
— Eu não cheguei até aqui do nada. A gente precisa entender porque mulheres incomodam o deputado. Eu não vejo melhor exemplo de violência política: ele tenta o tempo inteiro me silenciar, me deslegitimar. Isso é machismo, isso é racismo. Queria saber se ele agiria assim com um candidato homem.
A deputada também afirma que Gadêlha não se apresentou internamente ao partido e apenas a procurou antes da vinda de Marina Silva à capital pernambucana. Dani recusou o convite para o evento do adversário:
— Ele me disse que se meu nome fosse indicado, que iria recorrer nas instancias cabíveis. Uma prática que ele tem feito é judicializar o que lhe desagrada — finaliza.
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