Política

Por apoio a Nunes em SP, PL apela ao MDB para retirar ação que mirava o cargo de Castro no Rio

Intenção do MDB era que o vice de Castro, Thiago Pampolha, não entrasse como alvo na ação em que TRE-RJ analisa suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022

Agência O Globo - 04/05/2024
Por apoio a Nunes em SP, PL apela ao MDB para retirar ação que mirava o cargo de Castro no Rio
Por apoio a Nunes em SP, PL apela ao MDB para retirar ação que mirava o cargo de Castro no Rio - Foto: Reprodução

Uma ligação do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, ao presidente do MDB, Baleia Rossi, na noite desta sexta-feira, fez com que emedebistas anunciassem que vão desistir de um pedido para desmembrar uma ação na Justiça Eleitoral contra o governador do Rio, Cláudio Castro (PL). A intenção do MDB era que o vice de Castro, Thiago Pampolha (MDB), não entrasse como alvo na ação em que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) fluminense analisa suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022 por contratações no Ceperj.

Na ação, o MDB pedia para que, caso Castro venha a ser afastado do cargo pelo tribunal, Pampolha possa assumir o governo, sem que a chapa toda eleita em 2022 seja afetada.

Entretanto, o MDB conta com o apoio do partido de Jair Bolsonaro na tentativa de reeleger Ricardo Nunes em São Paulo. Na conversa entre Baleia e Valdemar, a aliança entre os dois partidos no maior colégio eleitoral do país foi colocada na mesa para convencer o emedebista.

— Coloquei, sim, a possibilidade de retirada do apoio em São Paulo. Isso tudo foi desnecessário. O Baleia é um ótimo presidente e entendeu o meu lado, vão retirar esta ação que não faz sentido — disse Valdemar.

A retirada da ação foi confirmada ao GLOBO por membros do MDB do Rio. A iniciativa foi da Executiva Nacional do partido e o diretório fluminense do partido não havia sido avisado com antecedência do pedido feito à Justiça Eleitoral.

Caberá ao PL a indicação do vice de Nunes em São Paulo. O ingresso na empreitada do MDB na capital paulista sempre foi defendida por Valdemar, enquanto Bolsonaro se mostrou resistente no primeiro momento.

Além de perder tempo de campanha em radio e TV com a retirada do apoio do PL, Nunes também perderia apelo junto ao eleitorado conservador de São Paulo.