Esportes
'Motorzinhos' no meio de Flamengo e Botafogo, De La Cruz e Marlon Freitas ditam ritmo em clássico deste domingo
Polivalentes e fundamentais à sua maneira, ambos lideram os times do rubro-negro e do alvinegro que se enfrentam hoje no Maracanã

Adversários hoje, às 11h, no Maracanã, em clássico pelo Brasileirão, Flamengo e Botafogo são comandados por treinadores — Tite e Artur Jorge — que têm encontrado no rodízio do elenco as respostas para passar pela pesada sequência de jogos, sem perder intensidade e desempenho. Mas em meio às substituições e preservações, dois nomes se destacam como fundamentais para suas equipes pela polivalência, com responsabilidades defensivas e, sobretudo, pela capacidade em conduzir os times ao ataque: De La Cruz e Marlon Freitas.
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Os “motorzinhos” de Flamengo e Botafogo são exemplos, em contextos distintos, da persistência dos dois clubes para tê-los na equipe, pelo poderio técnico e companheirismo.
“Déla” — apelido em “carioquês” dado pelos companheiros —, ou “Nico”, como é chamado pela comissão técnica, chegou ao rubro-negro há apenas três meses, mas já é imprescindível para o funcionamento da equipe. Quando não esteve em campo, contra o Millonarios (Colômbia) ou na maior parte do confronto contra o Palmeiras, sua ausência foi notoriamente sentida.
Não à toa, o Flamengo pagou, à vista, cerca de R$ 78 milhões — nona contratação mais cara do futebol brasileiro — ao River Plate (Argentina), que fez jogo duríssimo ao longo de toda a negociação. Foi grande o desejo de clube e jogador pelo desfecho positivo e, dentro de campo, o uruguaio tem feito valer cada centavo.
Apesar dos números ofensivos ainda serem tímidos — dois gols e duas assistências em 16 partidas — a capacidade de De La Cruz em conduzir o Flamengo ao ataque com seu estilo ágil, construtor e com passes que quebram as linhas, fez com que rapidamente o meia caísse nas graças da torcida e da comissão de Tite, que o trata como o tão tradicional “flutuador” em seus times.
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Também titular do Uruguai de Marcelo Bielsa, “Déla” tem nos companheiros de seleção os principais parceiros no Flamengo, principalmente Arrascaeta, que é justamente com quem disputa posição na Celeste. Seja no Ninho do Urubu, concentrações ou nas chegadas aos jogos no Maracanã, é mais do que comum ver a dupla junta.
Timidez e liderança
Mas De La Cruz tem também boa convivência com o restante do grupo, com quem até foi para a Marquês de Sapucaí pela primeira vez, num contraponto de seu perfil tímido. Alvo de muito assédio de rubro-negros, que sempre o param antes e após os jogos para fotos e autógrafos, o atleta costuma ser gentil, mas não esconde a timidez. Já dentro de campo, é ele quem dá as rédeas da equipe de Tite.
No Botafogo, uma lacuna foi criada em julho de 2023, quando o goleiro Douglas Borges se transferiu para o Guarani. Ele puxava o tradicional lema “Um por todos” antes das partidas. O posto foi assumido com a chegada do volante Marlon Freitas, primeiro reforço da temporada passada, contratado do Atlético-GO sem custos de transferência, com vínculo até o final de 2025.
Marlon Freitas soma 84 jogos pelo alvinegro, com quatro gols e seis assistências, números que não traduzem toda sua importância. Apesar de não entregar tanto na parte defensiva, o jogador de 29 anos é um pilar com a bola no pé. No meio-campo de dois jogadores montado por Artur, seu papel como termômetro de boas atuações ganha mais importância.
Na vitória de 3 a 1 sobre o Universitario (Peru), esteve em sua melhor noite, distribuindo passes para o quarteto ofensivo, arriscando chutes e chamando a torcida. Uma relação que já teve dias recheados por críticas, mas o camisa 17 teve personalidade para superá-las e transformar as vaias em aplausos.
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Hoje, Marlon age como líder, apossando-se dos discursos na preleção no vestiário e ganhando o grupo e até o chefe. O apreço de John Textor pelo volante foi primordial para que ele não fosse negociado com o Vasco neste ano.
Formado no Fluminense, ele poderia ter ido para um terceiro clube no Rio de Janeiro, e não faltou insistência do cruz-maltino, que sinalizou com uma proposta de cerca de R$ 16 milhões. Não importou para o dono da SAF alvinegra, que reconheceu a importância do jogador dentro e fora do campo.
Artur Jorge tem alternado seus volantes, mas Marlon Freitas traz algo a mais, e ainda tem especial lembrança em clássicos no Maracanã. Seus dois gols no ano foram marcados na vitória por 4 a 2 sobre o Fluminense, no Carioca. Hoje, a torcida espera que a sua estrela volte a brilhar.
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