Economia

General Motors fecha fábricas na Colômbia e no Equador, demitindo centenas de funcionários

Fabricante não especifica número de trabalhadores afetados pelas medidas

Agência O Globo - 26/04/2024
General Motors fecha fábricas na Colômbia e no Equador, demitindo centenas de funcionários

A fabricante de automóvel americana General Motors (GM) anunciou nesta sexta-feira que vai encerrar as suas fábricas de montagem no Equador e na Colômbia, onde o sindicato dos trabalhadores denuncia centenas de dispensas. Na Colômbia, por exemplo, o sindicato denuncia que cerca de 600 trabalhadores ficarão sem emprego, por isso vão apresentar queixa junto ao Ministério do Trabalho.

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“As operações de fabricação na fábrica de Colmotores, na Colômbia, serão encerradas com um processo de desmontagem que começa hoje (sexta-feira), com uma equipe reduzida; enquanto na fábrica da OBB, no Equador, a atividade de fabricação será encerrada no final de agosto de 2024”, afirmou a empresa, em declarações emitidas em ambos os países.

A General Motors acrescentou que a decisão levará à “transformação do modelo de negócio para empresas de marketing nacionais”.

“Estão nos informando do fechamento da General Motors Colmotores. (...) Há algumas propostas de acordo para quem aceita”, mas o sindicato pede aos trabalhadores “que não assinem nada”, disse à AFP Jhon Ríos, diretor da empresa. “Hoje acordamos com a fábrica” de Bogotá “totalmente fechada, bloqueada, as operações não estão mais acontecendo”, acrescentou.

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A General Motors assumiu o controle da Colmotores em 1979. A fabricante antecipou que continuará presente na Colômbia com sua marca Chevrolet. Segundo a Federação Nacional dos Comerciantes (Fenalco), as vendas da Chevrolet caíram 27% entre janeiro e março de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.

No Equador, em 2022, Marcus Oliveira, então diretor comercial da GM, garantiu que a empresa contava com cerca de 450 colaboradores diretos e cerca de 6.750 indiretos. Naquele ano, a General Motors comercializou naquele país cerca de 136 mil carros montados na fábrica de Quito, inaugurada em 1975, segundo Oliveira disse à Forbes.

O fabricante não especifica o número de trabalhadores afetados pelas medidas.

“A empresa compreende o impacto que esta decisão terá sobre os funcionários afetados e irá apoiá-los durante a sua transição”, conclui o comunicado.