Internacional
Equador tem segundo prefeito morto em três dias, às vésperas de referendo sobre enfrentamento ao crime organizado
Jorge Maldonado era prefeito de uma localidade mineradora do sul do país
Prefeito de uma localidade mineradora do sul do Equador, Jorge Maldonado foi assassinado nesta sexta-feira (19), segundo a polícia local. Trata-se do segundo homicídio de uma alta autoridade municipal em três dias às vésperas do referendo sobre as reformas para enfrentar o crime organizado, previsto para o domingo.
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“Esta manhã, Jorge Maldonado, prefeito do cantão de Portovelo, #ElOro, foi vítima de tiros que causaram sua morte”, indicou a instituição na rede social X.
Maldonado é o segundo prefeito equatoriano assassinado desde quarta-feira, quando José Sánchez, prefeito da cidade mineradora de Camilo Ponce Enríquez (na província andina e Azuay, sul andino), também foi alvejado.
Em março, Brigitte García, prefeita da cidade costeira de San Vicente (oeste) e a mais jovem (27 anos) autoridade municipal eleita nas eleições de 2023, morreu ao ser baleada.
Desde janeiro de 2023, pelo menos uma dúzia de políticos foram assassinados no Equador. O caso mais notório foi o do candidato presidencial Fernando Villavicencio, baleado em agosto por pistoleiros colombianos quando saía de um evento de campanha antes das eleições antecipadas daquele ano.
A polícia indicou que Maldonado foi assassinado “enquanto realizava atividades pessoais” em um bairro de Portovelo, localizado na província costeira de El Oro (sudoeste e fronteira com o Peru).
“O incidente teria sido perpetrado por 2 marginais, que viajavam de moto”, acrescentou.
Os equatorianos irão às urnas neste domingo para decidir, em um referendo promovido pelo presidente Daniel Noboa, se endurecem as penas contra o crime organizado e aprovam a extradição de compatriotas.
O Equador, localizado entre a Colômbia e o Peru – os maiores produtores mundiais de cocaína –, há anos deixou de ser uma ilha de paz para se tornar um ponto estratégico para gangues ligadas ao tráfico de drogas, que impõem um regime de terror.
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