Internacional
Guerra em Israel: Ataque a bomba do Hezbollah deixa quatro soldados israelenses feridos
Movimento xiita reivindicou ação contra militares, após noite de ataques de Israel contra o sul do Líbano
Quatro soldados israelenses ficaram feridos, nesta segunda-feira, após a detonação de uma bomba no norte do país, perto da fronteira com o Líbano. A ação foi reivindicada pelo movimento xiita Hezbollah, um dos integrantes do Eixo da Resistência, que mantém ataques regulares contra o território de Israel desde o dia 8 de outubro, logo após o início da guerra na Faixa de Gaza.
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As Forças Armadas de Israel (FDI) informaram que quatro militares ficaram feridos após "uma explosão de uma fonte desconhecida" entre a noite de domingo e a madrugada de segunda, perto da linha-azul, que marca a fronteira com o Líbano. Ainda de acordo com o comunicado, os soldados foram transferidos para um hospital, um deles com ferimentos graves.
Pouco depois do anúncio das FDI, o Hezbollah reivindicou a autoria do ataque. O movimento libanês detalhou que seus militantes "plantaram uma bomba" perto da fronteira. A detonação do artefato teria causado os ferimentos dos soldados.
O ataque do Hezbollah acontece em um momento em que as autoridades israelenses ainda estudam como responder à ofensiva do Irã, que disparou 330 drones e mísseis contra Israel no fim de semana. O movimento libanês participou da ação coordenada por Teerã, disparando foguetes contra as Colinas de Golã.
Apesar da participação no ataque de sábado, não está claro se o caso desta segunda-feira tem relação direta com a retaliação iraniana — Teerã justificou o ataque de sábado como uma resposta ao bombardeio israelense à embaixada do país na Síria. Aviões de guerra israelenses atacaram alvos do Hezbollah no sul do Líbano em um ataque ao longo da noite, incluindo um local de lançamento, infraestruturas terroristas e edifícios militares, segundo o Exército israelense. Desde o começo da guerra em Gaza, mais de 90 mil pessoas deixaram o sul do Líbano pela troca de hostilidades entre FDI e Hezbollah.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, acusou Israel, nesta segunda-feira, de “arrastar a região para a guerra”, de acordo com um comunicado do seu Gabinete. O governo não têm controle das ações do Hezbollah, cujos cálculos estratégicos muitas vezes ignoram o Estado libanês.
Comunidades do norte de Israel temem, há muito, que uma escalada com o Hezbollah possa resultar em uma nova invasão do território do país, como a lançada pelo Hamas a partir de Gaza. O movimento libanês, no entanto, tem uma força bélica muito superior ao grupo palestino. Analistas e militares israelenses confirmam que, caso o ataque de 7 de outubro tivesse sido lançado do Líbano, provavelmente o número de vítimas teria sido maior. (Com NYT)
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