Internacional
Funcionários da ONG World Central Kitchen, do chef José Andrés, morrem em ataque israelense em Gaza
Nas redes sociais, a Casa Branca disse estar “de coração partido” com o que aconteceu aos trabalhadores da WCK
Trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen, sediada nos Estados Unidos, foram mortos num ataque do exército israelense na Faixa de Gaza, disse segunda-feira o fundador e líder da organização, o chef hispano-americano José Andrés.
O grupo “perdeu vários de nossos irmãos e irmãs em um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel, em Gaza. Estou com o coração partido e de luto pelas famílias e amigos e por toda a família WCK”, escreveu Andrés no X.
“O governo israelense deve parar com essa matança indiscriminada. Deve parar de restringir a ajuda humanitária, parar de matar civis e trabalhadores humanitários e parar de usar os alimentos como arma”, continuou ele.
Casa Branca reage
A Casa Branca disse estar “de coração partido” com o que aconteceu aos trabalhadores da WCK. “Estamos com o coração partido e profundamente preocupados com o ataque”, escreveu a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, no X.
“Os trabalhadores humanitários devem ser protegidos quando entregam a ajuda desesperadamente necessária, e instamos Israel a investigar rapidamente o que aconteceu”, acrescentou.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, tinha anunciado pouco antes que quatro trabalhadores da ONG, bem como o seu motorista palestino, haviam sido mortos num ataque israelense ao seu veículo.
O ministério informou a chegada de “cinco mártires” a um hospital em Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, após “um bombardeio israelense contra um veículo da organização americana World Central Kitchen”.
Além do motorista e tradutor palestino, as vítimas “têm nacionalidade britânica, australiana e polaca, e a quarta nacionalidade é desconhecida”, afirmou o ministério.
Os militares israelenses garantiram que estão analisando o incidente “ao mais alto nível para compreender as circunstâncias” e estão trabalhando “em estreita colaboração com a WCK” para distribuir ajuda à população de Gaza.
Um correspondente da AFP viu cinco corpos e três passaportes estrangeiros no hospital.
A ONG do chef José Andrés está envolvida no envio de ajuda a Gaza através de um corredor humanitário a partir do Chipre e na construção de um cais temporário nesse território palestino.
Um primeiro navio descarregou 200 toneladas de suprimentos em meados de março, sob a supervisão do exército israelense. Um segundo carregamento está a caminho da Faixa de Gaza.
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