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Ex-militar opositor de Maduro foi morto por facção venezuelana após sequestro, conclui MP do Chile

Ronald Ojeda foi sequestrado em 21 de fevereiro e seu paradeiro ficou desconhecido até a última sexta-feira, quando seu corpo foi encontrado em uma mala enterrada, em um bairro de Santiago

Agência O Globo - 05/03/2024

O Ministério Público do Chile concluiu nesta segunda-feira que a facção criminosa Trem de Aragua, a maior da Venezuela, está por trás do assassinato do militar reformado venezuelano Ronald Ojeda, opositor do governo de Nicolás Maduro no país e que vivia como refugiado no Chile.

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— Estamos realizando uma série de diligências que estão destinadas precisamente a estabelecer a participação de cada um dos imputados, [em um caso] vinculado principalmente ao Trem de Aragua, que esteve cometendo crimes distintos, como o de sequestro — disse o promotor Héctor Barros, responsável pelo caso.

Ojeda foi sequestrado em 21 de fevereiro, quando foi retirado de sua casa em Santiago, durante a madrugada, por criminosos que se passaram por policiais. O caso gerou grande repercussão no Chile e na Venezuela, onde opositores garantiram que se tratava de uma operação de inteligência do governo Maduro.

Contudo, na sexta-feira, o corpo de Ronald Ojeda foi encontrado em um bairro da capital, dentro de uma mala que havia sido enterrada.

A imprensa local afirma que o governo chileno havia concedido a Ojeda, de 32 anos, a qualidade de refugiado.

Nas redes sociais, o ex-militar venezuelano se definia como "ex-preso político" e "oficial das Forças Armadas Venezuelanas".

O caso está sendo averiguado por uma unidade especial de combate ao crime organizado da polícia chilena, que investiga as operações no país de grupos internacionais como o Trem de Aragua, de origem venezuelana.