Internacional
Fenaj diz que fim da Télam é ataque ao povo argentino
Depois do encerramento das atividades da agência pública de notícias argentina, a Télam, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj, do Brasil) repudiou, em nota, nesta segunda (4), a decisão do governo de Javier Milei, que considerou um “ataque ao povo argentino”.
No documento, a Fenaj enfatizou que a Télam foi fundada há quase 80 anos (em 1945) e é responsável por “abastecer centenas de veículos locais por meio de serviços jornalísticos em texto, áudio, vídeo e fotografias”.
Notícias relacionadas:
- Agência Télam sai do ar e trabalhadores são dispensados por 7 dias.
- Fechamento da Télam prejudicaria direito de argentinos à informação.
- Milei promete fechar agência de notícias pública argentina Télam.
“Como demonstração clara da intransigência e violência do governo Milei, a sede da Télam foi fechada e cercada por grades e policiamento nesta segunda-feira para impedir o acesso de funcionárias e funcionários ao seu local de trabalho”, destacou a nota da Fenaj.
A entidade brasileira acrescentou que a empresa pública de comunicação argentina emprega mais de 700 pessoas.
Tentativas de sucateamento
A Fenaj comparou o fechamento da empresa na Argentina com atitudes de governos anteriores no Brasil, dizendo que teriam ocorrido, a partir de 2016, “sucessivas tentativas de sucateamento e privatização da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)”. A entidade de jornalistas atribui à “resistência da categoria” não ter havido no Brasil desfecho semelhante no Bras.
Em sua nota, a Fenaj ressaltou, inclusive, que as lutas de categoria “se estendem por toda a América Latina e o restante do mundo”.
Em entrevista à Agência Brasil, no último sábado (2), o diretor do escritório da organização Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, o jornalista brasileiro Artur Romeu, disse que o fechamento da Télam, principal agência de notícias, foi um “desrespeito” à sociedade argentina.
“A comunicação pública é um aspecto essencial do direito ao acesso de informação, na medida em que fortalece o pluralismo no horizonte midiático, que na Argentina é historicamente marcado por uma alta concentração”, afirmou Romeu.
Neste momento, a página da Télam está fora do ar. No domingo (3), os trabalhadores do portal receberam um comunicado do interventor do órgão, Diego Chaher, com a informação de que estariam dispensados do trabalho pelos próximos 7 dias. O prédio que abriga a agência foi cercado por grades, o que impede o acesso ao local.
Mais lidas
-
1BRINCANDO COM O POVO
Inscrições do "Minha Casa, Minha Vida" em Palmeira deixam cidadãos sem comprovante: Denúncia levanta suspeitas sobre falta de transparência
-
2REABILITAÇÃO
Joãozinho Pereira tem alta depois de ficar 72 dias internado em São Paulo
-
3HIPISMO
Amadora no hipismo, Shanna Garcia sonha com parceria para ser amazona de elite
-
4TELEVISÃO
Bastidores: filho de Faustão não agrada e perde audiência na Band; saiba os motivos
-
5CENTENÁRIO DE ARAPIRACA
10º Prêmio Homens e Mulheres de Sucesso 2024 define atrações e reforça homenagens ao centenário de Arapiraca