Internacional
ELN libertou 26 reféns desde dezembro, anuncia governo da Colômbia
Guerrilha conta com uma força de 5.800 combatentes e ampla rede de colaboradores
O Exército de Libertação Nacional (ELN) libertou 26 reféns desde dezembro do ano passado, respeitando o compromisso que a guerrilha assumiu com o governo da Colômbia, informou nesta quarta-feira a delegação oficial na mesa de negociações de paz.
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No fim de 2023, os delegados do presidente esquerdista Gustavo Petro entregaram ao ELN, na Cidade do México, uma lista com o nome das pessoas que os rebeldes tinham em seu poder e lhes pediu que as libertassem. A guerrilha correspondeu e entregou às autoridades os 26 reféns, em diferentes datas.
"Podemos afirmar, hoje, que nenhuma dessas pessoas se encontra em cativeiro", afirmou a delegação oficial na rede social X, sem informar se outras pessoas foram sequestradas nesse intervalo.
Também na capital mexicana, a guerrilha e o governo concordaram com "a suspensão das retenções com fins econômicos" na Colômbia, uma prática que, segundo o grupo armado, faz parte das suas fontes de financiamento. Isso ocorreu depois que o pai do jogador de futebol Luis Díaz foi sequestrado e mantido em cativeiro por 12 dias até a sua libertação, em novembro. Desde então, as negociações entraram em crise.
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No último dia 20, os rebeldes anunciaram "o congelamento" dos diálogos, alegando violações do acordo. Seis dias depois, as partes anunciaram em Havana, Cuba, que irão retomar o processo.
A promotoria afirma que grupos criminosos realizam os sequestros e, posteriormente, o ELN compra os reféns para pedir recompensas em troca da sua libertação.
Primeiro esquerdista a chegar ao poder na Colômbia, Petro aposta em uma saída final negociada para seis décadas de conflito armado e violência, que já fizeram mais de 9 milhões de vítimas.
Armado desde 1964, o ELN conta com uma força de 5.800 combatentes e uma ampla rede de colaboradores, segundo a inteligência militar.
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