Economia
Quais as empresas de Abilio Diniz? Empresário fundou o Pão de Açúcar e tinha participação no Carrefour
Grupo chegou a comprar o Pontofrio e fazer uma associação com a Casas Bahia, mas saiu desses negócios em 2019. Hoje, a família Diniz investe na Wine, Oncoclínicas e até em padaria

O empresário Abilio Diniz, que morreu na noite deste domingo, foi figura relevante no varejo brasileiro. Ao lado do seu pai, o português Valentim Diniz, ele fundou a primeira unidade do supermercado Pão de Açúcar, em abril de 1959.
Valentim já tinha uma doceria chamada Pão de Açúcar, cujo nome foi inspirado no cartão postal carioca. Entre 1979 e 1989, Abilio se afastou da varejista devido a desentendimentos familiares.
No fim dos anos 1980, seu pai o convidou a voltar ao negócio. Abilio reergueu a empresa e, em 1999, vendeu 25% do negócio ao grupo francês Casino.
Dez anos depois, o Pão de Açúcar adquiriu a rede Pontofrio. Meses depois, anunciou uma joint venture com a varejista Casas Bahia que resultou na criação da Via Varejo, em 2010, o maior grupo de distribuição da América Latina.
Com a união com a Casas Bahia, além da compra do Ponto Frio, o grupo passou a ter 140.000 funcionários e mais de 1.800 lojas espalhadas pelo país.
O negócio, porém, passou por uma reavaliação pela família Klein, dona das Casas Bahia. Os Klein argumentaram que os valores estabelecidos para a transação estavam baixos, dada a força das Casas Bahia.
O Grupo Pão de Açúcar manteve sua participação de 36% na Via Varejo até 2019, quando suas ações foram vendidas em um leilão realizado pela B3. A própria família Klein recomprou as ações.
Não foi apenas na Via Varejo que as investidas de Abilio tiveram resistência. Em 2011, Abilio tentou costurar uma fusão com o Casino e o Carrefour, mas o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, foi contra a operação. Abilio saiu do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar (GPA), em 2013.
E a rede francesa se tornou controladora do GPA, com 40,9% de participação atualmente.
O empresário voltou ao mercado varejista comprando uma fatia de 10% do Carrefour, tornando-se um dos maiores acionistas da rede francesa. A entrada no Carrefour se deu pela Península, empresa criada por ele para administrar o patrimônio da família e de terceiros.
Por meio da Península, Abilio chegou a investir na BRF, dona da Sadia, mas deixou a companhia em 2018.
Hoje, a Península tem R$ 12 bilhões sob gestão. Criada em 2006, ela tem participações no Carrefour Brasil e no Carrefour França, na Wine, na Oncoclínicas e na Padaria Benjamin.
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