Internacional
'Quem é quem?' Senador americano e chanceler alemão brincam de sósias em selfie publicada nas redes sociais
Encontro ocorreu durante visita de Olaf Scholz, da Alemanha, a Washington para pressionar por mais ajuda à Ucrânia na guerra; Berlim é o segundo maior financiador de Kiev, atrás apenas dos EUA
"Quem é quem?", brinca o senador de Delaware, o democrata Chris Coons, em uma foto que aparece ao lado do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, publicada na quinta-feira. A legenda não é por acaso: os cabelos grisalhos, a calvície e o mesmo sorriso confundem aqueles que estão pouco habituados com as figuras públicas. O encontro entre os "gêmeos" ocorreu durante uma visita do chanceler a Washington para pressionar por mais ajuda à Ucrânia, logo após um pacote migratório e de ajuda militar ao país, além de Israel e Taiwan, ter sido barrado.
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A brincadeira começou com o próprio Scholz. O social-democrata publicou uma "foto da foto" na rede social X, antigo Twitter, em que aparece ao lado de Coons — sem qualquer indicação identificação. Na legenda, ele escreveu em inglês: "É ótimo rever meu Doppelgänger novamente".
Doppelgänger é uma palavra em alemão para "duplo ambulante/andarilho" e teria sido usado pela primeira vez no romance "Siebenkäs", do alemão Jean Paul, datada de 1976.
Entrando na brincadeira, Coons compartilhou a provável foto tirada no momento e respondeu: "Wer ist wer?", em alemão.
Ajuda à Ucrânia
O chanceler alemão não caminhava pelos corredores do Congresso, em Washington, apenas para encontrar seu sósia. Pouco antes de se reunir com o presidente Joe Biden, por volta das 16h54 (horário de Brasília) nesta sexta-feira, Schoolz pediu aos parlamentares que adotassem um pacote de ajuda para a Ucrânia.
— Sem a ajuda dos Estados Unidos, a situação na Ucrânia seria muito complicada — disse o chanceler em uma entrevista coletiva, na qual pediu aos membros do Congresso que agissem "muito em breve".
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No dia anterior, ele se reuniu com vários senadores democratas e republicanos, a quem pediu que apoiassem Kiev. "A Ucrânia precisa de todo o nosso apoio para que possa se defender da agressão russa", escreveu ele no X.
Um pacote que alocava US$ 118 billhões em ajuda a Ucrânia, Israel e Taiwan, e também incluía planos mais estritos para a segurança da fronteira dos EUA com o México, acabou sendo barrado na quinta pelo Senado americano. A fatia destinada à Ucrânia seria a maior: US$ 60 bilhões.
O texto foi rejeitado por praticamente todos os republicanos, com a exceção de James Lankford, Lisa Murkowski, Susan Collins e Mitt Romney. Já no lado democrata, apenas Bob Menendez, Elizabeth Warren, Ed Markey e Alex Padilla, além do independente Bernie Sanders, votaram contra o avanço da proposta.
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Os 27 países da União Europeia (UE) concordaram recentemente com um pacote de 50 bilhões de euros até 2027, depois que a Hungria retirou seu veto.
Em referência ao veto dos senadores ao pacote, o chanceler alemão escreveu que "Outros em todo o mundo estão observando atentamente para ver se estas divisões podem ser exploradas", em um artigo de opinião para o Wall Street Journal, citado pela BBC. "Temos de provar que estão errados, convencendo os cidadãos de ambos os lados do Atlântico de que uma vitória russa tornaria o mundo um lugar muito mais perigoso."
A Alemanha é o segundo maior contribuinte em termos absolutos depois dos Estados Unidos, com mais de € 7 bilhões este ano, e está pedindo aos seus parceiros europeus que aumentem sua ajuda.
No seu encontro com Biden, os políticos discutirão a Ucrânia, mas também a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, além dos ataques dos rebeldes Houthi do Iêmen a navios mercantes no Mar Vermelho. Segundo fontes do governo alemão, Scholz e Biden são ligados por "uma forte relação de confiança". (Com AFP)
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