Um passageiro canadense foi preso na cidade de Chiang Mai, norte da Tailândia, após supostamente abrir a porta de um avião comercial e acionar o escorregador de evacuação, antes mesmo de a aeronave decolar. O incidente afetou 13 voos, incluindo oito aeronaves que foram obrigadas a circular no espaço aéreo antes de receberem autorização de pouso. Ao todo, cerca de 2.295 passageiros foram atingidos.

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Em entrevista à CNN, o encarregado pelo caso, o coronel da polícia de Chiang Mai Manuschai In-thuean, contou que o cidadão canadense Wong Sai Heung, de 40 anos, foi preso no local.

Segundo um comunicado emitido pelo Aeroporto Internacional de Chiang Mai, o fato aconteceu na noite da última quarta-feira. Por volta das 22h, a torre de controle de tráfego foi notificada de que o voo TG121 da companhia aérea Thai Airways, com destino ao Aeroporto Internacional Suvarnabhumi, em Bangcoc, estava na fila de espera da pista para decolar quando um passageiro abriu as portas da aeronave, começando um slide de evacuação.

Com o escorregador de escape aberto, o Airbus A320 não pôde ser movido na hora, impossibilitando temporariamente a decolagem e aterrissagem de outros voos no local, informou o comunicado.

— Depois de receber o alerta, contatamos os mecânicos da Thai Airways para entrar no local e interromper o deslizamento de evacuação e, em seguida, rebocamos a aeronave de volta ao poço de pouso número 15 — explicou o comandante Ronnakorn Chalermsanyakorn, diretor do Aeroporto Internacional de Chiang Mai.

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Por conta do ocorrido, a Thai Airways emitiu um comunicado. Nele, a empresa observou que os mecânicos conseguiram reparar e inspecionar a porta de acordo com os regulamentos de segurança. O voo decolou para Bangcoc depois da meia-noite.

"O voo continuou a sua viagem às 00h34 do dia 8 de janeiro" disse o comunicado. "Todos os passageiros, pilotos e tripulantes de cabine estavam seguros".

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Sentença por abrir a porta do avião

A polícia local ainda não identificou a motivação do suspeito para abrir a porta, mas observou que ele tinha dificuldades em se comunicar e parecia agitado. Se for considerado culpado, o canadense poderá encarar prisão de até 20 anos e/ou multa de 600 mil a 800 mil baht (entre R$ 83 mil a R$ 111 mil). O país também aplica pena de morte, mas não realiza uma execução de prisioneiros desde 2018.

— Nós o enviamos ao Hospital Psiquiátrico Suan Prung para uma avaliação — comentou o coronel.

Ainda segundo a CNN, a polícia afirmou que forneceu um advogado e um tradutor ao longo dos interrogatórios, assim como exige a lei, e a investigação continua.