O ministro da Saúde da Escócia, Michael Matheson, renunciou nesta quinta-feira devido à uma conta telefônica no valor de quase £ 11 mil (cerca de R$ 69,2 mil reais). O ex-dirigente culpa os filhos, que teriam acompanhado uma partida de futebol em seu tablet de trabalho, enquanto estavam de férias no Marrocos. O Parlamento escocês deve divulgar em breve suas conclusões sobre o caso, após ter iniciado uma investigação em novembro.

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O ministro que é do Partido Nacionalista Escocês (SNP), pró-independência, se antecipou ao relatório do Órgão Corporativo do Parlamento e apresentou uma carta de demissão, declarando que preferia deixar o governo "para não desviar a atenção" do desempenho político do executivo.

O assunto veio à tona em novembro de 2023, quase um ano após as férias da família do ministro no Marrocos, que ocorreu entre o final de dezembro de 2022 e o início de janeiro de 2023.

Inicialmente, Matheson insistiu que havia usado seu iPad para trabalhar e que a despesa era legítima. Os parlamentares, segundo o jornal britânico The Guardian, concordaram que o então dirigente pagasse £ 3 mil e o restante da dívida fosse quitada pelo Parlamento.

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Mas, em novembro, o ministro acabou admitindo que seus filhos adolescentes haviam assistido a uma partida de futebol no dispositivo. Ele pediu desculpas e, segundo a emissora britânica BBC, pagou integralmente a conta. Neil Gray foi nomeado como novo dirigente da pasta.

O primeiro-ministro da Escócia, Humza Yousaf, também reconheceu que era "preferível" que Matheson deixasse o governo agora, para que futuras revelações sobre seus gastos no exterior "não se tornassem uma distração" do desempenho político do executivo, embora tenha recebido sua demissão com "tristeza", segundo a BBC.

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A emissora pontuou que, quando as informações sobre a conta de telefone de Matheson vieram à tona pela primeira vez, o premier chegou a descrevê-las como uma "despesa parlamentar legítima".

Michael Matheson, 53 anos, entrou para o governo escocês em 2011, ocupando vários cargos ao longo de 13 anos, incluindo Justiça, Transporte e Saúde, este último a partir de março de 2023.