Eis que Palmeira dos Índios nos brinda com mais uma pérola administrativa: a mudança de nome da antiga Secretaria Municipal de Coordenação da Proteção e Defesa Civil para a grandiosa e pomposa Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Civil. Um nome de peso, digno de uma instituição com grandes poderes, talvez até confundível com a própria Secretaria de Segurança Pública do Estado de Alagoas. Mas calma, não se trata de um novo órgão estadual, apenas mais um toque de criatividade da gestão municipal.

A mudança, assinada pela prefeita Luisa Júlia Duarte, soa como um exagero de grandiosidade e, para alguns, até mesmo uma tentativa de inflar artificialmente a relevância do setor na administração municipal. Afinal, a competência de Segurança Pública, como bem sabemos, não é do município, mas do Estado. Mas quem se importa com detalhes técnicos quando se pode ostentar um título de impacto?

O decreto, publicado no Diário Oficial, alega que a reestruturação não cria novos cargos nem gera despesas adicionais. Contudo, a questão que fica é: qual a real necessidade de dar um nome que pode causar confusão, especialmente quando já existe uma Secretaria de Segurança Pública no âmbito estadual? Será que a gestão municipal busca um protagonismo que não lhe cabe? Ou será apenas um deslize terminológico, uma tentativa de soar mais relevante sem realmente expandir suas atribuições?

Se não bastasse essa busca por engrandecimento artificial, a vaidade de quem realmente faz a gestão de fato chega a níveis de megalomania política. O ex-prefeito Julio Cezar, que continua exercendo forte influência no governo municipal, não se contentou em manobrar nos bastidores. Criou para si a Secretaria de Governo, uma forma de se autoproclamar governador de um feudo imaginário.

O movimento evidencia que a atual gestão não só busca pompa e confusão, mas também promove uma administração onde títulos e status importam mais do que a entrega de resultados.

Seja como for, a mudança de nomenclatura já causa burburinho e levanta dúvidas sobre como a população vai diferenciar o trabalho desta secretaria municipal daquele que realmente tem poder sobre segurança pública. E mais: será que os agentes desta recém-batizada secretaria estarão patrulhando as ruas, garantindo a ordem e combatendo o crime? Ou continuarão apenas na função administrativa, sem qualquer impacto real na segurança da cidade?

A prefeita Luisa Júlia Duarte e sua equipe parecem ter optado pelo caminho do marketing político, em vez de uma gestão mais objetiva e eficiente. Enquanto isso, a população de Palmeira dos Índios assiste a mais um espetáculo de burocracia performática, onde nomes pomposos tentam maquiar a falta de resultados concretos. No final das contas, a única segurança garantida até agora é a de que a confusão está instaurada.