Variedades
Suzana Pires vai passar temporada nos EUA e vira ativista pelos direitos das mulheres
Atriz busca parceria com especialista em segurança feminina para seu instituto

Não é de hoje que Suzana Pires equilibra sua vida entre a carreira artística e o que ela chama de missão: empoderar mulheres. Em 2017, a atriz começou uma coluna, na versão online da Revista Marie Claire, chamada 'Dona de Sí'. Lá, escrevia seus pensamentos, experiências e pontos de vista sobre a dificuldade que uma mulher encontra para desenvolver uma trajetória profissional própria. Em poucos meses, se tornou o espaço com maior audiência na plataforma feminina. Depois, a coluna migrou para a Revista Vogue.
"O projeto nasceu no momento em que cheguei em posições de liderança e entendi o quanto é difícil para uma mulher construir um caminho próprio, seja em que área for. Se estava sendo difícil para mim, uma mulher com tanto privilégio, imagina para as mulheres que não tinham tanto apoio?!", questiona ela.
Daí, não tardou para o Dona de Sí se tornar uma marca de produtos femininos e até um instituto de empoderamento de mulheres. Atualmente o Instituto Dona de Si tem até uma sede, cedida pela Prefeitura do Rio, o Casarão dos Prazeres, que fica no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa.
"O instituto nasceu a partir desse meu incômodo, da desigualdade entre as condições de nós, mulheres, e os homens. Isso não só na esfera profissional, mas em todas as áreas", diz Suzana. "Daí, me juntei a um grupo de mulheres geniais para que, juntas, a gente criasse um conteúdo que fizesse a diferença. Entre eles, criamos a jornada Dona de Si, que é a nossa formação em empreendedorismo, aliada a diversas práticas para que as mulheres que atendemos possam mudar sua vida financeira, conquistando sua autonomia", completa.
Atualmente, O instituto Dona de Sí mantém 200 bolsistas em seu curso digital, acelerou diretamente mais de 1000 mulheres, e impactou mais de 2 milhões de mulheres, desde a primeira leitura da coluna até hoje.
A vida artística, entretanto, não foi deixada de lado. Tanto que em dezembro ela mudou radicalmente o visual: raspou a cabeça para viver uma paciente oncológica em "Câncer com Ascendente em Virgem", filme em que contracena com Marieta Severo.
"Se não for para a entrega ser completa, nem me liga!", afirma Suzana. O cinema está tão presente na vida da atriz e ativista dos direitos das mulheres, que na próxima semana ela embarca para uma longa temporada em Los Angeles, onde fica até maio, inicialmente, tocando projetos nessa área. Ano passado ela também chegou a ficar uma longa temporada nos Estados Unidos, após assinar um contrato com um estúdio internacional para criar uma série.
Antes de embarcar, Suzana teve uma reunião com Érica Paes. Ex-atleta de MMA e precursora do jiu jitsu feminino no país, Érica é hoje uma das especialistas em segurança feminina mais importantes do Brasil e criou o Empoderadas — reconhecido e premiado programa de enfrentamento à violência feminina. As duas planejam uma parceria para breve, cada uma com sua forma de lutar pelos direitos das mulheres. Suzana com o Dona de Sí, e Érica com o Empoderadas.
No encontro, as duas também lembraram a época em que Érica frequentava os estúdios da TV Globo. Para quem não sabe, a vida da ex-atleta serviu de inspiração para a autora Glória Perez criar Geisa, personagem de Paolla Oliveira na novela "A Força do Querer". Na saudosa trama, Erica prestou consultoria e acabou ganhando um papel de destaque na novela.
"Sonho numa parceria com a Érica, através do Empoderadas, no que diz respeito ao enfrentamento à violência contra as mulheres. É um trabalho muito sério, que muda a vida das mulheres", elogia Suzana.
O Programa Empoderadas atua na prevenção e no enfrentamento à violência de gênero, e foi criado em 2019 por Erica Paes, especialista em segurança feminina e fundadora do IDMEP (Instituto de Defesa da Mulher Erica Paes). A prevenção é a base da metodologia do Empoderadas, que leva aos seus polos em todo o estado do Rio, tatames e professoras graduadas em artes marciais, treinadas por Erica. Essas profissionais são preparadas para oferecer educação, alertar para direitos e identificação dos sinais da violência, sempre atuando de forma preventiva.
O Programa tem quatro anos de funcionamento e, ao longo deste tempo, dá assistência, cursos profissionalizantes e rede de apoio que conta com advogadas, psicólogas e assistentes sociais para um melhor acolhimento das suas alunas. E segue em expansão. Hoje, são mais de 80 polos ativos por todo território fluminense e cerca de um milhão e trezentas mil mulheres já foram acolhidas.
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