Internacional
Gaza está praticamente sem sistema de saúde, alerta Médicos Sem Fronteiras
Maior parte dos funcionários fugiu do local, e milhares de pessoas que se refugiaram lá também, mas entre 300 e 500 pacientes gravemente feridos não puderam ser evacuados

"Praticamente não resta nenhum sistema de saúde em Gaza", denunciou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) nesta sexta-feira, após grande parte dos serviços do Hospital Nasser, onde a organização atuava, "deixarem de funcionar" devido ao conflito entre Israel e o Hamas. O Ministério da Saúde do Hamas em Gaza relatou um "corte total de eletricidade" no hospital, o que obrigou a paralisação de todos os equipamentos médicos, "incluindo os respiradores".
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"A capacidade cirúrgica do hospital Nasser", a maior estrutura de saúde de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, é "quase inexistente" e "o pouco pessoal médico que permanece no hospital precisa trabalhar com cada vez menos material médico", lamentou a MSF em um comunicado.
Nos últimos dias, a maior parte dos funcionários do hospital fugiu, e milhares de pessoas que se refugiaram lá, mas entre 300 e 500 pacientes gravemente feridos não puderam ser evacuados, disse a MSF.
"Com o Hospital Nasser e o Hospital Europeu fora de serviço, praticamente não resta nenhum sistema de saúde em Gaza", disse Guillemette Thomas, coordenadora médica da MSF, acrescentando que "todo o sistema de saúde está fora de serviço" no território.
Apenas oito dos 36 hospitais abertos antes da guerra estão agora funcionando "parcialmente" em Gaza, de acordo com a MSF. No sul, onde se concentra a ofensiva israelense, especialmente em Khan Yunis, "todos estão saturados ou inacessíveis", acrescentou.
O conflito em Gaza começou em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas causaram a morte de cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e sequestraram cerca de 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.
As ações de retaliação, com bombardeios incessantes e ações terrestres em Gaza, deixaram até o momento 26.083 mortos, na maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do território.
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