Esportes
Além de Salah e Mané: Copa Africana de Nações reúne grandes nomes do futebol mundial; veja no que ficar de olho
Torneio terá o cobiçado Victor Osimhen em ação, bem como jovens da Premier League e a seleção de Marrocos, sensação no Catar

“É o melhor dia da minha vida, o maior troféu da minha vida. Ganhei a Liga dos Campeões e alguns outros, mas este é especial”. Estas foram palavras de Sadio Mané, há dois anos, ao conquistar a Copa Africana das Nações. Um reflexo de quão importante o principal torneio de seleções da África se tornou nos últimos anos para os atletas do continente. O astro do Al-Nassr-SAU está de volta nesta edição da competição, que começa hoje, com os anfitriões da Costa do Marfim recebendo Guiné-Bissau na partida de abertura. A Band transmite o torneio.
Mais do que Mané e Salah — que também retorna comandando o Egito, atual vice-campeão —, a competição trará um desfile de talentos entre os mais valorizados do futebol mundial, num momento em que o futebol africano vive uma evolução de talentos, investimento e estrutura.
Atacante da Nigéria, Victor Osimhen é o principal nome deste novo momento. Campeão italiano pelo Napoli, autor de 33 gols em 43 jogos na temporada passada e cobiçado pelos gigantes europeus, o jogador chegou a ser alvo de uma oferta de 140 milhões de euros (cerca de R$ 744 milhões) do Al Hilal-SAU, no ano passado.
Alto, forte e técnico, o jogador de 25 anos tenta deixar de lado o momento ruim no clube para tentar aliviar a fase também complicada de sua seleção, que ainda não venceu nas Eliminatórias Africanas. Os atacantes Iwobi (Fulham) e Iheanacho (Leicester) estão entre seus companheiros de seleção.
Bicampeã, a anfitriã Costa do Marfim tenta reviver o espírito do time campeão do torneio em 2015, uma geração de Gervinho, Yaya Touré e Kalou. Agora, conta Kessié, ex-Milan e Barcelona, atualmente no Al-Ahli-SAU, e Haller, do Dortmund-ALE, para chegar longe na competição. O centroavante do Borussia Dortmund é peça importante do time de Jean-Louis Gasset, depois de superar a luta contra um câncer para voltar ao futebol. Se recuperando de lesão, será desfalque na estreia.
Outro nome para ficar de olho nos marfinenses é Diomande, zagueiro de apenas 20 anos do Sporting-POR e na mira dos ingleses Chelsea, Newcastle e Liverpool.
Marroquinos de volta
Sensação da Copa do Catar, quando chegou à semifinal, maior resultado de uma seleção africana na competição, Marrocos é um dos favoritos.
O técnico Walid Regragui segue à frente da equipe. Dos 26 convocados, 14 estavam no elenco do Catar. Estão de volta nomes de peso como os laterais Hakimi (PSG-FRA) e Mazraoui (Bayern-ALE), o zagueiro Aguerd (West Ham-ING), o goleiro Bono (Al-Hilal), o meia Amrabat (Manchester United-ING) e o atacante Ziyech (Galatasaray-TUR).
— Sucesso para nós é chegar o mais longe possível, na reta final do torneio. O mais longe é a final. Nosso objetivo é ficar aqui por um longo tempo — afirmou o zagueiro Saïss ao site oficial da Confederação Africana (CAF).
Velho debate
Mohammed Kudus (meia-atacante de Gana e do West Ham) e Nicolas Jackson (atacante do Senegal e do Chelsea), de 23 e 22 anos, respectivamente, são alguns dos destaques jovens da Premier League que disputarão o torneio. Kudus é dúvida por problemas físicos, mas se apresentou à seleção ganesa, que não terá o meia Thomas Partey, também lesionado. Na seleção de Burkina Faso, o zagueiro Edmond Tapsoba, de 24 anos, chega com as credenciais de titular da defesa do Bayer Leverkusen, sensação da temporada e menos vazada do Campeonato Alemão.
Já em Camarões, a grande história é o retorno a um grande torneio do goleiro Andre Onana, agora como titular do Manchester United, após briga com o técnico Rigobert Song durante o mundial do Catar. Ele chegou a se aposentar da seleção, mas voltou a ser convocado no fim do ano passado.
Essas presenças levantaram o velho debate sobre desfalques nas grandes ligas (que não param durante a competição) em meio ao apertado calendário. E que foi colocado de lado após fala forte de Ange Postecoglou, técnico do Tottenham, que “perderá” Bissouma (Mali) e Pape Matar Sarr (Senegal) para o torneio:
— (Suas origens e seleções) São o que fizeram deles muito do que são hoje. Vestir essas camisas é muito mais que um jogo qualquer. Eu jamais descartaria um jogador por isso. Representar seu país te desenvolve pessoal e profissionalmente.
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