Economia
TikTok redobra aposta em vendas on-line nos EUA e vai lançar serviço na América Latina
Empresa prevê multiplicar por 10 faturamento com comércio eletrônico no mercado americano, atingindo US$ 17,5 bilhões, e quer rivalizar com Amazon, Shein e Temu
A TikTok, controlada pela chinesa ByteDance, pretende aumentar em dez vezes o tamanho de seu negócio de comércio eletrônico nos Estados Unidos, chegando a US$ 17,5 bilhões este ano, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto informaram à Bloomberg.
Além disso, a empresa planejar lançar suas operações de vendas pelo aplicativo na América Latina nos próximos meses, segundo essas mesmas fontes.
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As metas ambiciosas do TikTok são uma clara ameaça não só à Amazon, maior plataforma de e-commerce dos EUA, como também à varejista de moda Shein e à também chinesa Temu, que vende de roupas a utilidades domésticas a preços módicos.
O TikTok Shop conta com o alcance da mídia social e o apelo dos vídeos curtos para combinar entretenimento on-line e compras por impulso e, assim, turbinar os negócios. No ano passado, a plataforma chegou perto de US$ 20 bilhões em valor bruto de vendas, graças principalmente à sua popularidade no Sudeste Asiático.
Em comunicado, a empresa afirmou que "os números e especulações sobre vendas de mercadorias nos EUA apresentadas pela Bloomberg são imprecisos".
A ByteDance, fundada há mais de uma década por Zhang Yiming e Liang Rubo, tornou-se uma líder da internet avaliada em mais de US$ 200 bilhões graças aos seus vídeos curtos virais do TikTok e do Douyin, a versão chinesa da plataforma.
O TikTok Shop é um dos recursos de crescimento mais rápido para a empresa de capital fechado sediada em Pequim, que está buscando uma nova fonte de receitas além da publicidade em mídias sociais.
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O faturamento da ByteDance aumentou cerca de 30% no ano passado para mais de US$ 110 bilhões, superando o crescimento projetado de rivais de mídia social muito mais estabelecidos, como a Meta, de Mark Zuckerberg, e a Tencent, gigante chinesa que é dona, entre outros, do aplicativo de mensagens WeChat.
O TikTok Shop permite que os usuários comprem itens enquanto percorrem um feed perpétuo de vídeos curtos e transmissões ao vivo.
Esse formato - um esforço para combinar a facilidade de compras na Amazon com a oferta de produtos via influenciadores proporcionada por aplicativos como o Instagram, da Meta - já ajudou a Douyin a arrebatar uma parte significativa dos gastos dos consumidores chineses da Alibaba e da JD.com, especialmente depois que os confinamentos durante a pandemia levaram as pessoas a passar mais tempo on-line.
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A ByteDance tem a intenção de exportar seu modelo de comércio eletrônico globalmente. Nos EUA, o TikTok está oferecendo frete grátis e subsídios para influenciadores que vendem gadgets, roupas e maquiagem em vídeos e transmissões ao vivo.
Em novembro, impulsionados pelas ofertas da Black Friday e da Cyber Monday, mais de cinco milhões de novos clientes dos EUA compraram algo no TikTok, informou a empresa. Ela tem cerca de 150 milhões de usuários no país.
Na quarta-feira, o TikTok anunciou que aumentará as comissões cobradas de comerciantes para 6% de cada venda a partir de abril e para 8%, em julho, na maioria das categorias de produtos, marcando o fim dos subsídios usados para atrair os vendedores.
Essas comissões ainda são significativamente menores do que as taxas de vendedor da Amazon, que normalmente são de cerca de 15%, mas o aumento sinaliza que a TikTok está se movendo rapidamente para gerar receita a partir de sua plataforma de comércio eletrônico.
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Os americanos estão cada vez mais à vontade para fazer compras em aplicativos chineses de comércio eletrônico, incluindo a varejista de moda Shein e o Temu, da PDD Holdings, que explodiu em popularidade desde a veiculação de um anúncio no Super Bowl, a final nacional do futebol americano, em fevereiro de 2023.
Não está claro quais metas de vendas o TikTok Shop definiu globalmente ou para outros mercados. Na Indonésia, a TikTok assumiu o controle da unidade de comércio eletrônico do GoTo Group, a Tokopedia, em um acordo de US$ 1,5 bilhão, o que permitiu que a empresa reiniciasse seu serviço de varejo on-line após meses de escrutínio pelo governo local.
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