Às vésperas do Natal, clientes do banco digital Girabank relatam dificuldades para acessar seus recursos, com aplicações retidas e impedimentos para transferências. O banco, anteriormente vinculado ao influenciador Carlinhos Maia, não está sendo fiscalizado diretamente pelo Banco Central, o que levanta preocupações entre os correntistas.

O Girabank, sediado em São Paulo, tinha Carlinhos Maia como sócio-fundador até o ano passado, mas o humorista afirmou publicamente que não possui mais vínculos com a fintech. Nas redes sociais, usuários expressam frustração pela falta de acesso aos canais de comunicação da empresa e relatam prejuízos significativos.

Clientes como Bianca Souza Godoi e Shirlei Rodrigues, influenciados pela recomendação de Carlinhos Maia, enfrentam dificuldades para sacar fundos e contatar o banco. A designer Bianca, desempregada e grávida, depositou economias no Girabank, e a aposentada Shirlei teve sua conta desativada sem explicação.

O Girabank enfrenta mais de 2.400 queixas no Reclame Aqui, e a falta de resposta pelos canais de atendimento preocupa os clientes. Carlinhos Maia, em sua defesa, afirmou ter se desligado da empresa há quase um ano e assegurou que a troca de donos está em curso, sem prejuízo aos correntistas.

No entanto, a ausência de fiscalização direta pelo Banco Central e a venda do Girabank para um grupo americano levantam questionamentos sobre a segurança dos investimentos. O Banco Central foi contatado para esclarecer a relação entre o Girabank e as empresas responsáveis pelos serviços de transferência, mas até o momento não houve resposta.

Clientes aguardam posicionamento da empresa e buscam soluções legais para os prejuízos enfrentados. A situação destaca a importância da transparência e fiscalização na oferta de serviços financeiros, especialmente em plataformas digitais.