Internacional

Ativista é julgada na China por 'incitar subversão do poder estatal'

Caso é visto como parte da repressão generalizada da China à dissidência

Agência O Globo - 20/12/2023
Ativista é julgada na China por 'incitar subversão do poder estatal'
China - Foto: AFP

A ativista chinesa Li Qiaochu, de 32 anos, foi julgada, na última terça-feira, sem a presença de sua defesa em Linyi, Shandong. A informação foi confirmada pela BBC com Li Guobei, advogado de Qiaochu. A mulher enfrenta acusação por "incitar subversão ao poder estatal" e pode pegar até cinco anos de cárcere.

Leia: Putin pede resposta 'severa' a tentativas externas de desestabilizar a Rússia

Veja também: União Europeia aprova ampla reforma migratória

Qiaochu foi presa em março de 2021, após tuitar sobre as condições que o colega e ativista Xu Zhiyong passava em detenção. De acordo com a BBC, seu julgamento foi concluído às 15h locais (07h GMT) de terça-feira sem veredicto.

A advogada disse ao periódico britânico que se encontrou pela última vez com Li em uma conferência pré-julgamento, em 19 de junho, onde a ativista manteve uma posição “firme” de não se declarar culpada.

Ainda segundo a defesa da ativista, Qiaochu teria sofrido com alucinações enquanto estava detida. Ainda em 2019, ela teria sido convocada pela polícia e passou por interrogatório sobre o paradeiro de Zhiyong.

Em fevereiro de 2020, após criticar a forma como a polícia a tratou, ela foi detida novamente. Logo depois, Qiaochu foi liberada sob fiança antes de ser presa novamente em março de 2021. Qiaochu também é acusada de ajudar Xu Zhiyong a publicar "artigos subversivos" online.

Nesta terça-feira, antes do julgamento ocorrer, a Comissão Executiva do Congresso dos EUA fez um apelo à China para a liberação da ativista. Os americanos alegam que Li Qiaochu teria necessidade de tratamento médico com urgência.