Internacional
Hamas anuncia que libertará reféns russos em 'reconhecimento à posição do presidente Putin'
Gesto seria o segundo aceno do grupo ao presidente russo; no domingo, o jovem russo-israelense, Roni Krivoy, foi contemplado na terceira lista
Cidadãos russos poderão ser acrescentados à lista de reféns a serem libertados, nesta quarta-feira. Moussa Abu Marzouk, membro do alto escalão do Hamas, disse que "vários" reféns russos serão acrescentados "separadamente" à lista, "em agradecimento à postura do presidente [Vladimir] Putin". O acordo entre Israel e Hamas prevê a libertação de mulheres e menores reféns em troca de prisioneiros palestinos.
"Hoje, vários outros serão libertados separadamente ao acordo da trégua em agradecimento à postura de Putin", escreveu Marzouk em um post no X (antigo Twitter), citado pela AFP.
Segundo o jornal isralenese Times of Israel, citando a rádio pública Kan, Marzouk teria falado em dois cidadãos. Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores russo não se manifestou.
Se confirmado, este seria o segundo aceno do grupo a Putin. No domino, o Hamas libertou o cidadão russo-israelense Roni Krivoy, de 25 anos. O técnico de som trabalhava no festival perto do kibutz Be'eri quando foi sequestrado, durante no dia 7 de outubro o ataque terrorista que matou 1,2 mil pessoas e fez 240 reféns. Krivoy foi contemplado na terceira lista, segundo o Hamas, "em resposta aos esforços do presidente russo Vladimir Putin e em reconhecimento da posição russa no apoio à causa palestina". Roni foi o primeiro homem adulto com cidadania israelense a ser libertado desde o início da guerra.
Boas relações dsde 2006
As relações entre a Rússia e o Hamas vêm de antes dos ataques de 7 de outubro. Moscou jamais incluiu o grupo em sua lista de organizações terroristas, e mantém boas relações desde 2006, quando o Hamas venceu as eleições na Faixa de Gaza. No ano seguinte, quando houve o violento golpe através do qual o grupo assumiu o controle de fato de Gaza, Putin recebeu o então líder do Hamas, Khaled Mashal, em Moscou.
Com o início da guerra na Ucrânia, em 2022, analistas apontam que o Kremlin ampliou seus laços com o grupo, ao mesmo tempo em que via suas relações com Israel se estremecerem. Putin levou alguns dias para condenar os ataques do 7 de outubro, e mesmo quando o fez disse que ele era resultado do "fracasso das políticas dos EUA para o Oriente Médio". O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou a equiparar o presidente russo ao grupo palestino, em discurso no mês passado.
Essa relação ficou ainda mais evidente no dia 26 de outubro, quando representantes do Hamas estiveram em Moscou, uma visita duramente criticada pelas autoridades israelenses e americanas: o presidente dos EUA, Joe Biden, chegou a equiparar o presidente russo ao grupo palestino, em discurso no mês passado. Um dos principais comandantes da inteligência da Ucrânia, Kyrylo Budanov, também acusou os russos de fornecerem armas capturadas em território ucraniano para o grupo palestino.
— Claramente vemos que os troféus de guerra da Ucrânia foram repassados para o Hamas. Em boa parte são armas de infantaria — disse ao jornal Ukrainska Pravda. As alegações não foram corroboradas por outros países, e foram refutadas por Moscou. (Com AFP)
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