Internacional
Familiares de reféns do Hamas protestam contra Netanyahu em Jerusalém; veja vídeo
Manifestações do tipo têm aumentado nos últimos dias, movidas pela sensação de falta de segurança entre os israelenses, que culpam Netanyahu pela invasão do Hamas em 7 de outubro
Dezenas de manifestantes, entre eles familiares de reféns do Hamas, protestam em frente à casa do bilionário Simon Falic, em Jerusalém, nesta quinta-feira, local onde o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem se hospedado nas últimas semanas. Segundo o jornal Haaretz, os manifestantes estão retirando as barreiras erguidas pela polícia e se aproximam da entrada.
Os protestos contra o premier têm aumentado nos últimos dias, movidos sobretudo pela sensação de falta de segurança entre os israelenses, que culpam Netanyahu pela invasão do Hamas ao território israelense em 7 de outubro, e as críticas aos esforços insuficientes do governo para garantir a libertação das cerca de 240 pessoas raptadas pelo grupo terrorista na ocasião — desde o ataque, somente quatro reféns foram libertados.
Mais cedo, Netanyahu se encontrou com as famílias de alguns reféns em Tel Aviv, prometendo que "não os esqueceu". Segundo o Hareetz, ele assegurou que está empenhado em fazer tudo para garantir a libertação das pessoas sequestradas, destacando que essa missão está no topo de suas prioridades.
No sábado e no domingo, milhares de pessoas tomaram as ruas de Tel Aviv, Haifa, Beersheba e Eilat. para protestar contra o primeiro-ministro. Em Jerusalém, centenas se manifestaram em frente à residência de Netanyahu, pedindo sua renúncia e o culpando diretamente pelo fracasso na segurança de Israel, permitindo que o ataque ocorresse.
Popularidade em queda
À frente do governo mais à direita na História de Israel, Netanyahu — que já enfrenta problemas jurídicos e políticos — terá uma tarefa difícil para se manter no poder ao final do conflito, apontam analistas.
Se sua popularidade já não era das melhores antes da guerra (mesmo entre eleitores do Likud, partido liderado por Netanyahu), agora 73% da população não o vê como a pessoa certa para governar Israel, mostrou a sondagem do Instituto de Pesquisa Lazar, publicada na sexta-feira. Uma outra pesquisa, esta do Canal 13 de Israel, divulgada no sábado, revelou que 76% dos entrevistados acreditam que Netanyahu deveria renunciar, e 64% apoiam a realização de eleições imediatamente após a guerra.
A maior parte da frustração atual do público com Netanyahu se deve, sobretudo, à sua recusa em pedir desculpas pelo fracasso de Israel em prever ou impedir o ataque. Na sondagem do Canal 13, 80% dos israelenses desejam que ele assuma a responsabilidade pelas falhas de inteligência e segurança (reconhecidas pelas agências militares de Israel, mas não por ele) que antecederam a invasão. (Com agências internacionais.)
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