Internacional
Israel amplia operação terrestre em Gaza após bombardeios destruírem rede de internet na região
Sirenes de alerta foram acionadas nas comunidades israelenses que ficam nos arredores de Gaza e a embaixada brasileira afirma ter perdido contato com brasileiros que aguardam repatriação
As Forças Armadas de Israel anunciaram nesta sexta-feira que ampliarão a operação terrestre na Faixa de Gaza, que teve início nos dois últimos dias em áreas selecionadas, após um intenso bombardeio destruir o sistema de telecomunicação da única companhia que ainda operava no enclave palestino, a Palestine Telecommunications Company (Paltel). Sirenes de alerta foram acionadas nas comunidades israelenses que ficam nos arredores de Gaza, incluindo Ashkelon.
A queda da rede de internet foi alertada pela NetBlocks, organização não governamental que monitora o acesso à internet ao redor do mundo. A Embaixada brasileira afirmou que perdeu contato com o grupo de brasileiros que ainda está em Gaza aguardando repatriação.
Desde o início do conflito, lideranças israelenses afirmam que iniciarão uma incursão por terra em Gaza para destruir o Hamas, o que levará a uma escalada ainda maior da violência na região, que já acumula mais de 7 mil palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista.
Durante as duas últimas noites, as forças terrestres israelenses realizaram incursões limitadas em Gaza, e o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das forças armadas de Israel, disse que estavam intensificando ainda mais suas atividades.
— Nas últimas horas, intensificamos os ataques a Gaza. A força aérea está atacando amplamente alvos subterrâneos e alvos terroristas de forma significativa — disse ele em uma coletiva na sexta-feira. — Em continuidade às operações ofensivas que realizamos nos últimos dias, as forças terrestres estão expandindo suas operações terrestres nesta noite.
Paltel, a empresa de telecomunicações palestina, disse que o bombardeio israelense na noite de sexta-feira destruiu "todas as conexões restantes entre Gaza e o mundo exterior".
"Isso levou à interrupção completa do serviço de comunicação em Gaza", disse.
O Crescente Vermelho Palestino disse que havia perdido o contato com sua sala de operações em Gaza e que estava "profundamente preocupado com a capacidade de nossas equipes de continuar prestando seus serviços médicos de emergência".
O ataque do Hamas em 7 de outubro causou um choque em Israel e causou o maior número de mortes desde a fundação do Estado em 1948. Mais de 1.400 pessoas foram mortas e mais de 5.400 ficaram feridas, de acordo com as autoridades israelenses, enquanto os militantes do Hamas também fizeram mais de 200 reféns.
Israel respondeu com um bombardeio feroz em Gaza, um enclave empobrecido que abriga 2,3 milhões de pessoas. Os ataques mataram mais de 7.000 pessoas e feriram mais de 18.400, de acordo com autoridades palestinas.
Israel também limitou severamente o fornecimento de eletricidade, água, combustível e alimentos para Gaza, exacerbando as já terríveis condições humanitárias na faixa, que foi submetida por Israel e pelo Egito a um bloqueio paralisante desde que o Hamas tomou o poder em 2007.
Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, a agência de ajuda da ONU para os palestinos, disse na sexta-feira que os últimos serviços públicos e a ordem civil no território estavam "entrando em colapso", enquanto as ruas estavam transbordando de esgoto.
"Nossa operação de ajuda está desmoronando e, pela primeira vez, [os funcionários da ONU] relatam que agora as pessoas estão com fome", disse Lazzarini, acrescentando que os pequenos comboios de ajuda que Israel permitiu que entrassem em Gaza nos últimos dias eram "migalhas que não farão diferença para 2 milhões de pessoas".
Mais de 1,4 milhão de pessoas foram deslocadas e 641 mil estão abrigadas em instalações de emergência designadas pela ONU, de acordo com a UNRWA.
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