Internacional

Assembleia Geral da ONU suspende sessão sem discutir resolução sobre cessar-fogo em Gaza

Reunião emergencial foi convocada por países que buscam o fim do conflito no Oriente Médio, que se arrasta há 19 dias

Agência O Globo - 26/10/2023
Assembleia Geral da ONU suspende sessão sem discutir resolução sobre cessar-fogo em Gaza
Foto: Reprodução

A Assembleia Geral da ONU suspendeu sessão de emergência marcada para esta quinta-feira sem votar resolução sobre um cessar-fogo em Gaza. O encontro foi convocado por países favoráveis ao fim do conflito no Oriente Médio depois de uma série de impasses em discussões no Conselho de Segurança. A avaliação da proposta deve ser retomada na manhã desta sexta-feira, quando outros representantes internacionais devem ser ouvidos pelo colegiado da ONU.

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O encontro, convocado emergencialmente, busca trazer uma resolução diplomática para a guerra que se arrasta na região há 19 dias diante de dificuldades travadas dentro do Conselho de Segurança para aprovar uma proposta. Desde a semana passada, Rússia, Brasil e Estados Unidos apresentaram sugestões para serem avaliadas pelas demais delegações, mas nenhuma passou por terem sido vetadas. Essa prerrogativa é exclusiva de membros com assentos fixos no conselho — Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido.

Na semana passada, os Estados Unidos vetaram propostas apresentadas pelo Brasil e pela Rússia por não garantir o direito de defesa a Israel, país sempre defendido em decisões tomadas pelos americanos na ONU. Nesta quarta-feira, Rússia e China vetaram uma costura de resolução elaborada pelos americanos por prever o direito de defesa do Estado judeu e falar em cessar-fogo na região. Já na terça-feira, uma segunda resolução da Rússia foi vetada por EUA e Reino Unido.

A discussão no âmbito da Assembleia Geral da ONU, composta por 193 países, pode levar à elaboração de uma proposta de resolução pedindo um cessar-fogo em Gaza, defendido pela maioria dos integrantes do colegiado. No entanto, as autoridades envolvidas não são obrigadas a cumprir o previsto no texto, como ocorre nas resoluções do Conselho de Segurança.