Internacional
Líder de força de elite, ministro da Economia: Israel matou 7 chefes do Hamas durante contraofensiva; veja quem
Ali Qadi comandava unidade da força de elite e Merad Abu Merad chefiava sistema aéreo do grupo, de acordo com as Forças de Defesa israelenses
O Hamas anunciou nesta terça-feira a morte de um dos seus comandantes militares num ataque israelense no centro da Faixa de Gaza. Ayman Nofal, comandante das Brigadas Al Qassam, o braço armado da facção, foi morto num ataque “sionista” no campo de Bureij, diz o breve comunicado.
Em um movimento raro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento televisionado no fim da última semana para afirmar que Israel “nunca esquecerá ou perdoará os atos horríveis dos nossos inimigos” e prometer a destruição do Hamas, grupo responsável pelo ataque terrorista de 7 de outubro que deixou mais de 1.300 mortos no sul do país.
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Desde a deflagração da investida terrorista, contando com Ayman Nofal, sete integrantes com postos-chave na hierarquia do Hamas foram "eliminados", de acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF).
No sábado, os militares israelenses anunciaram a morte de um terrorista do Hamas que, segundo Israel, liderou uma unidade de forças de comando que matou civis a tiros no ataque de 7 de outubro. Al Qadi foi morto em um ataque aéreo, disseram.
"Aviões militares israelenses mataram Ali Qadi, comandante da força de comando 'Nukhba' (elite) do Hamas", afirma um comunicado sem especificar o local ou o momento do ataque.
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Qadi, 37 anos, era comandante de uma unidade da força de elite do Hamas. Um fonte palestina e o comunicado militar israelense disseram que Qadi era um dos mais de mil prisioneiros palestinos libertados por Israel em 2011 em troca de um soldado, Gilad Shalit, capturado pelo Hamas em 2006.
"Ali Qadi liderou o massacre bárbaro e desumano de civis em 7 de Outubro em Israel. Acabamos de eliminá-lo. Todos os terroristas do Hamas terão o mesmo destino", afirmaram as Forças de Defesa de Israel (IDF), pelas redes sociais.
Qadi foi preso por Israel em 2005 pelo sequestro e assassinato de um homem israelense que, segundo a mídia na época, era corretor da agência de segurança interna Shin Bet.
Terroristas do Hamas que romperam a barreira de segurança militarizada em torno da Faixa de Gaza em 7 de outubro mataram mais de 1.300 pessoas no sul de Israel, desencadeando bombardeios retaliatórios israelenses que mataram pelo menos 2.215 pessoas em Gaza.
Também no sábado, os militares israelenses confirmaram ter matado outro líder do grupo terrorista: Merad Abu Merad, considerado o chefe do sistema aéreo do Hamas. Segundo o Exército israelense, Murad "teve grande participação e dirigiu terroristas no massacre".
Além de Ali Qadi e Merad Abu Merad, também foram mortos, segundo Israel:
Muetaz Eid: Comandante do Distrito Sul de Segurança Nacional do Hamas
Zachariah Abu Ma'amar: Chefe do escritório de Relações Internacionais do braço político do Hamas
Joad Abu Shmalah: Ministro da Economia da gestão do Hamas na Faixa de Gaza
Belal Alqadra: Comandante da força de comando 'Nukhba' (elite) do Hamas em Khan Younis
Belal Alqadra foi morto com um bombardeio aéreo nesta segunda-feira (17), no mais recente dos casos. Ele é acusado de ser o responsável pelo massacre do Kibutz Nirim. O paradeiro dele foi identificado com base num trabalho de inteligência.
Autoridades do Hamas afirmaram que ataques aéreos israelenses dias após a ofensiva terrorista atingiram a casa da família de Mohammad Deif, líder do braço militar do Hamas. Bassem Naim, alto funcionário do Hamas, confirmou à Associated Press que o bombardeio matou pai, irmão e pelo menos dois outros parentes de Deif na cidade de Khan Younis, ao sul da Faixa de Gaza. Mas o paradeiro do líder terrorista é desconhecido.
Quem é Mohammed Deif
Há quem diga que ele só tem um olho, que perdeu uma mão e anda em uma cadeira de rodas desde que um ataque de Israel, em 2002, lhe tirou a perna. Sempre envolto em mistério, Mohammed Deif, líder do braço militar do Hamas foi quem deu voz ao anúncio da operação do grupo terrorista em Israel, no último sábado.
“À luz dos crimes contínuos contra o nosso povo, à luz da orgia da ocupação e da sua negação das leis e resoluções internacionais e à luz do apoio americano e ocidental, decidimos colocar um fim a tudo isto”, avisou.
Durante a madrugada de sábado, enquanto sua mensagem tomava conta das rádios na Faixa de Gaza, centenas de militares do Hamas se moviam para a fronteira e se preparavam para lançar milhares foguetes contra o território de Israel, num ataque inédito que já deixou milhares de mortos.
Apesar de ser um dos homens mais procurado pelos militares israelenses desde 1995 — por orquestrar os assassinatos de soldados e civis israelenses — Deif sobreviveu a pelo cinco tentativas de assassinato nas últimas duas décadas.
Mohammad Masri, seu nome original, nasceu em 1965, no campo de refugiados Khan Yunis, em Gaza. Ainda que a família tivesse dificuldades, conseguiu estudar na Universidade Islâmica de Gaza, onde teria se formado em Biologia. Depois de ingressar no Hamas, em 1990, ficou conhecido como Mohammed Deif (Deif significa “convidado” em árabe), devido ao seu estilo de vida nômade.
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