Economia
Via troca de nome e volta a se chamar Casas Bahia
Varejista também anunciou a retomada do antigo slogan: "Dedicação total a você"

A varejista Via vai trocar de nome e voltará a se chamar Casas Bahia, retomando também o slogan que usou durante muitos anos: "Dedicação total a você". A nova troca de nome foi aprovada pelo Conselho de Administração da companhia, que divulgou um comunicado ao mercado.
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"O novo posicionamento da marca institucional e a nova assinatura corporativa reforçam a estratégia da companhia de focar no DNA da sua principal bandeira, resgatando o histórico de bons resultados das categorias core, nas quais somos especialistas e reconhecidos como destino de compras. Adicionalmente, retomaremos o slogan histórico da Casas Bahia, identificado por décadas pelas famílias brasileiras: “dedicação total a você”", diz o texto.
Também na B3, a partir do dia 20 de setembro, as ações da varejista deixam de ser identificadas como Via (VIIA3) e passam a utilizar o código (BHIA3). Além da Casas Bahia, fazem parte do grupo as marcas Ponto, Extra.com e Bartira.
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A varejista já iniciou uma campanha de marketing com a volta de outro personagem muito lembrado pelos clientes da marca, Fabiano Augusto, o garoto propaganda que, durante 18 anos, esteve à frente das campanhas da Casas Bahia. A imagem do mascote do grupo, 'o baianinho', também pode voltar a ser utilizada nas campanhas da empresa. O "baianinho" foi reestilizado, em 2020, e virou adolescente.
Na semana passada, também em comunicado, a companhia informou o lançamento de uma oferta subsequente de ações primária. A Via protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado de capitais, um pedido para distribuir 778.649.283 novas ações. A empresa espera levantar cerca de R$ 1 bilhões, considerando a cotação de R$ 1,26, fechamento anterior ao anúncio.
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A troca de nome acontece num cenário complicado para as varejistas do país, com juros elevados e alta da inadimplência entre os consumidores. O pedido de recuperação judicial da Americanas, com dívidas de R4 50 bilhões e uma fraude contábil estimada em mais de R$ 20 bilhões, colocaram em xeque o desempenho do setor.
Plano de reestruturação
Para buscar eficiência, a Via anunciou no mês passado um plano de reestruturação que deve ser implementado até 2025. Entre as medidas, estão o fechamento potencial de 50 a 100 lojas este ano, revisão de quadro de lojas, renegociação de aluguéis, revisão de itens vendidos e sublocação de espaço ocioso. Além disso, está prevista a readequação de Centros de Distribuição (CDs).
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No comunicado, a Via informou que pretende fazer a 'monetização potencial de até R$ 4 bilhões em 2023, sendo R$ 2,5 bilhões de ativos fiscais recorrentes, R$ 1 bilhão de redução de estoques", diz o texto. O investimento este ano será 20% menor do que em 2022, informou a companhia.
A participação da Via no mercado foi de 15,3% no segundo trimestre , segundo o comunicado, um aumento de 1,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano.
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"A empresa apresentou ao mercado um importante plano de transformação, que já começou a ser implementado e em nossa visão pode trazer significativa melhora no desempenho operacional e estrutura de capital nos próximos anos. Entretanto, a desalavancagem deve ser postergada em pelo menos mais um ano em razão do ambiente macroeconômico", escreveram os analistas da agência de classificação de risco Standard & Poor's sobre o plano de reestruturação.
A varejista teve prejuízo líquido de R$ 492 milhões no segundo trimestre do ano, segundo relatório divulgado pela empresa. O montante representa uma reversão de lucro sobre o mesmo período de 2022, quando a Via teve ganhos de R$ 6 milhões. O mercado esperava um prejuízo da ordem de R$ 260 milhões para o período.
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