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PF espera concluir investigações sobre o desvio das joias até dezembro

A Polícia Federal (PF) espera concluir até dezembro as investigações que apuram o suposto esquema de desvio e venda no exterior dos presentes dados à Presidência da República em missões oficiais durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com informações da coluna de Juliana Dal Piva, no Uol.
Após a conclusão dessas investigações, abre-se o caminho para uma possível denúncia que poderá ser apresentada ainda neste ano. Para isso, os investigadores também aguardam a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na escolha do novo Procurador-Geral da República (PGR).
A substituição do comando da PGR pode implicar em uma maior probabilidade de uma eventual condenação para o ex-mandatário, uma vez que as investigações envolvendo Bolsonaro demonstraram certa dificuldade em avançar com o atual Procurador, Augusto Aras.
Outro fator que pode impulsionar o andamento das investigações contra o ex-capitão é a quebra do sigilo fiscal e bancário de Bolsonaro e de Michelle, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na semana passada.

Mauro Cid e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
Por meio da análise dos dados, a PF busca rastrear se o dinheiro proveniente da venda das joias entrou nas contas do ex-presidente. No contexto do caso, está sendo investigada, por exemplo, a venda e a subsequente recompra de um relógio Rolex pelo advogado Frederick Wassef.
Nas provas já reunidas pela corporação, é possível verificar mensagens do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, indicando que ele entregava o dinheiro das vendas em espécie.
“Há vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava avaliando qual a melhor maneira de lidar com esse dinheiro, levá-lo em espécie aí. Meu pai estava até considerando ir aí falar com o presidente (…) E assim ele poderia levar. Entregaria pessoalmente. No entanto, também é possível depositar na conta (…). Acho que é melhor minimizar as movimentações nas contas, não é mesmo? (…)?”, é um trecho das mensagens em questão.
Outros indícios da participação do ex-presidente se baseiam no fato de que as joias eram transportadas para o exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB. No ano passado, após sua derrota nas eleições presidenciais, Bolsonaro fugiu para os EUA numa tentativa de evitar a transferência da faixa presidencial a Lula. É durante essa viagem que os agentes acreditam que alguns dos presentes desviados possam ter sido levados para serem vendidos nos Estados Unidos.
Considerando as possíveis transações realizadas nos EUA por Bolsonaro e sua equipe, Moraes também autorizou o pedido de cooperação internacional feito pela PF para solicitar aos Estados Unidos a quebra do sigilo bancário dos investigados.
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