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Brasileiro é preso com granadas de guerra e 406 kg de cocaína em avião, na Bolívia

Thiago Gabriel Martins da Silva pertence a maior facção criminosa de São Paulo; com ele havia ainda rádios comunicadores, coletes à prova de bala camuflados, rifles e munição

Agência O Globo - 21/08/2023
Brasileiro é preso com granadas de guerra e 406 kg de cocaína em avião, na Bolívia

O brasileiro Thiago Gabriel Martins da Silva foi preso neste domingo durante uma operação policial na região de Santa Ana de Yacuma, na Bolívia. A ação fazia parte das buscas pelo narcotraficante uruguaio Sebastián Marset, que fugiu em 29 de julho em Santa Cruz.

Policiais da Força Especial de Combate ao Narcotráfico (Felcn) capturaram Silva com armamentos pesados - inclusive granadas de guerra - e fardos de cocaína que totalizam 406 kg de drogas.

Silva foi preso em uma espécie de hangar improvisado em uma fazenda. No local havia duas aeronaves de pequeno porte que eram usadas para transportar drogas. Os aviões foram apreendidos.

De acordo com o jornal El Deber, Silva trajava um colete a prova de balas e, nos bolsos, carregava granadas de guerra e munição M-4, para armas de grosso calibre e uso militar.

Buscas por Sebastián Marset

Silva foi localizado pela Felcn em meio às buscas pelo traficante Sebastián Marset. O uruguaio é procurado pela Interpol e fugiu da polícia boliviana no fim de junho. Desde então, as autoridades locais tentam capturá-lo.

O governo da Bolívia informou que Marset conta com um "grupo paramilitar" brasileiro fazendo sua segurança. No entanto, até o momento não há confirmação de que a atuação de Silva tenha ligação com as atividades criminosas do uruguaio.

Morte de garagista

Silva foi indiciado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul como suspeito de ter cometido um homicídio em Campo Grande, em 2021. Ele é apontado como um dos autores do assassinato do garagista Carlos Reis Medeiros de Jesus, conhecido como "Alma".

A vítima morreu após sofrer uma emboscada nos fundos de uma loja de peças automotivas. Jesus levou três tiros. Os suspeitos do crime tinha pego emprestado uma "grande quantia de dinheiro" com o garagista assassinado.