Internacional
Papa reza missa para 1,5 milhão em Lisboa e anuncia Seul como próxima sede da Jornada Mundial da Juventude
Durante a homilia, o Pontífice disse aos jovens que 'tem um sonho de paz' e que eles são a 'esperança de um mundo diferente'
Diante de uma multidão de peregrinos — 1,5 milhão de acordo com o Vaticano, com base em uma estimativa de autoridades portuguesas — o Papa Francisco celebrou a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, na manhã deste domingo. Durante a homilia, o Pontífice disse aos jovens que "tem um sonho de paz" e que eles são a "esperança de um mundo diferente”. O Santo Padre também anunciou que a próxima edição do evento que reúne o maior número de fiéis da Igreja Católica será em Seul, em 2027.
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Na homilia, Francisco conclamou a multidão de peregrinos a estender seu "carinho e orações" àqueles que não puderam comparecer "por causa de conflitos armados e guerras”. Além dos peregrinos, 10 mil padres, 700 bispos e 30 cardeais também acompanharam a missa.
— Sinto uma grande tristeza pela amada Ucrânia, que continua sofrendo tanto. Amigos, permitam que eu também, já velho, compartilhe com vocês um sonho que levo no coração, um sonho de paz — completou o Pontífice.
Os jovens peregrinos acordaram ao ritmo da música tocada por um DJ e padre português, em uma manhã de verão extremo na capital portuguesa, após passarem a noite em vigília, na imensa esplanada montada para o evento junto ao Rio Tejo. A agência meteorológica de Portugal emitiu um alerta "vermelho", o nível mais alto, para Lisboa no domingo, com previsão de temperaturas até 41°C.
No sábado, o Papa, de 86 anos, apareceu pouco depois das 19h (15h em Brasília) na vigília com clima de megafestival, que começou com apresentações de música pop-rock. Numa grande área repleta de tendas, bandeiras de vários países e instalações sanitárias provisórias, os jovens aguardaram em ambiente festivo, rodeados de ampla segurança.
Em um discurso descontraído, em que interagiu por diversas vezes com o público, Francisco fez referências a futebol, a exames acadêmicos e crises existenciais.
—Vocês acham que uma pessoa que cai na vida, que tem um fracasso, que até comete erros graves, fortes, está acabada? Não — disse o Santo Padre, destacando ainda que após qualquer tropeço, devem “se levantar”.
Na manhã de sábado, o pontífice argentino foi recebido por cerca de 200 mil fiéis no santuário de Fátima, a cerca de 130 quilômetros a norte de Lisboa, onde rezou o terço com jovens doentes e deficientes e seis detentos.
— A Igreja não tem portas, para que todos possam entrar — disse o pontífice argentino durante um breve discurso proferido em espanhol, como quase todos desde que chegou a Portugal, na quarta-feira. — Esta é a casa da mãe e uma mãe tem sempre o coração aberto para todos os seus filhos. Todos, todos, todos, sem exclusão — repetiu entre aplausos, reiterando uma mensagem que já destacou em outras ocasiões nesta JMJ.
Ao contrário do que estava previsto, o papa improvisou quase todo o seu discurso. Francisco — que se desloca em cadeira de rodas ou apoiado em bengala devido ao seu estado de saúde cada vez mais frágil — já tinha alterado o roteiro de uma das suas intervenções na sexta-feira, depois de explicar espontaneamente que "os refletores" não lhe serviam e não conseguia ler bem.O porta-voz do Vaticano disse à AFP que a mudança de sexta-feira deveu-se a "um reflexo causado pela iluminação", enquanto este sábado foi "uma escolha" do pontífice. (Com AFP)
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