Esportes
Paris: donos de bancas à margem do rio Sena se recusam a deixar local por conta das Olimpíadas
As mais de 200 'bouquinistes' compõem o maior mercado de livros ao ar livre da Europa

Os livreiros ao ar livre que margeiam o Sena em Paris se recusam a ser transferidos do local, apesar das preocupações das autoridades francesas com a segurança para a abertura dos Jogos Olímpicos no rio. A cerimônia em 26 de julho do ano que vem será a primeira na história olímpica a acontecer fora de um estádio.
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Fontes disseram à AFP na quinta-feira que os 200 "bouquinistes", que compõem o maior mercado de livros ao ar livre da Europa, se revoltaram com uma carta enviada a eles esta semana pela autoridade policial de Paris.
A missiva diz ser "imprescindível" "retirar" as caixas fixadas nos muros das margens do rio onde os vendedores estocam e expõem livros usados. A polícia quer um perímetro onde “esteja regulado o acesso e a circulação de pessoas” para garantir a segurança de um “local ou evento exposto a risco de atos de terrorismo”.
Jerome Callais, chefe da Associação Cultural dos Livreiros de Paris, que representa 88% dos bouquinistes, disse que eles "não têm intenção de se mudar".
"O funcionário responsável pelo Sena nos explicou que estaríamos obstruindo a vista no dia da cerimônia", disse Callais. "Somos um grande símbolo de Paris. Estamos aqui há 450 anos! Querer nos apagar da paisagem quando a celebração desses Jogos deveria ser uma celebração de Paris parece um pouco louco."
Na quinta-feira, a Prefeitura emitiu um comunicado de imprensa garantindo o apoio dos livreiros e reconhecendo que sua atividade "faz parte da identidade das margens do Sena". Estima-se que 570 caixas, ou 59% do total, seriam retiradas.
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As autoridades da cidade estão se oferecendo para pagar pela remoção e reinstalação das caixas, além de pagar pelo conserto das que forem danificadas no processo. Eles disseram que isso seria uma "renovação" que "apoiaria o pedido dos livreiros para ingressar na lista de patrimônio cultural imaterial da UNESCO".
Callais disse que algumas das caixas eram "muito frágeis" para serem movidas e estimou que custaria 1,5 milhão de euros (US$ 1,66 milhão) para reformar todas elas.
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