Internacional
'Devia estar fora de si', diz mãe de soldado americano que cruzou fronteira com Coreia do Norte
Travis King, de 23 anos, estava em uma visita turística à Zona Desmilitarizada (DMZ)
O soldado americano Travis King, que desapareceu após cruzar ilegalmente a fronteira com a Coreia do Norte no início da semana, estava sendo escoltado para fora do território sul coreano horas antes do incidente. De acordo com a emissora ABC, ele havia se envolvido em brigas com cidadãos do país e passado mais de um mês detido na Coreia do Sul. Os motivos que levaram o jovem de 23 anos a adentrar no país de Kim Jon-un seguem desconhecidos, inclusive para seus familiares:
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— Tenho tanto orgulho dele. Eu só quero que ele volte para casa, de volta para a América — disse a mãe do soldado, Claudine Gates, ao canal de televisão ABC News, acrescentando que acredita que ele "deveria estar fora de si" — Não consigo ver ele fazendo algo assim.
Dois oficiais das Forças Armadas americanas confirmaram a ABC que King passou 47 dias detido na Coreia do Sul. Libertado, ele ficou uma semana em uma base militar dos Estados Unidos no país. Nesta segunda-feira, ele foi escoltado ao Aeroporto Internacional Incheon até o posto de controle da alfândega. Como os responsáveis por o acompanharem não tinham passagens, o deixaram seguir em frente sozinho.
Travis King deveria ter embarcado em um voo com destino ao Texas. No entanto, ele fugiu e se juntou a uma excursão turística. Durante a visita a Área de Segurança Conjunta, como é chamada parte da fronteira entre os países, o americano correu e cruzou os limites territóriais da Coreia do Sul. Após colocar os pés no vizinho norte coreano, foi levado por militares do país e não foi mais visto.
Testemunhas descreveram que o americano teria gargalhado antes de partir em disparada. De acordo com o anúncio do Comando das Nações Unidas nesta terça, ele não tinha autorização para adentra no território vizinho. Agora, ele estaria sob custódia norte-coreana, sendo o primeiro americano detido no Norte em quase cinco anos, em um incidente que poderia aumentar as tensões entre as nações.
A Zona Desmilitarizada (DMZ) separa as duas Coreias, e sua fronteira é uma das áreas mais fortificadas do mundo. O local está repleto de minas terrestres e possui cercas elétricas de arame farpado, além de câmeras de vigilância e guardas armados, que devem permanecer em alerta 24 horas por dia.
As relações entre o país e os Estados Unidos pioraram em 2017. Na época, um estudante americano de 22 anos havia sido preso um ano antes por roubar um cartaz com slogan político do hotel onde estava alojado. Ele foi devolvido aos EUA em coma e morreu pouco depois.
Ainda em 2017, um soldado norte-coreano foi alvo de tiros ao desertar e correr rumo ao território Sul. Ele conseguiu concluir o trajeto na Zona Comum de Segurança (JSA), em Panmunjom, único setor da DMZ onde os dois exércitos ficavam frente a frente. No entanto, foi removido por soldados sul-coreanos e encaminhado em estado grave ao hospital.
A Linha de Demarcação Militar marca a fronteira entre as Coreias e existe desde o armistício assinado em julho de 1953. A DMZ fica em ambos os lados da fronteira, estendendo-se por 2 km em cada sentido. Hoje, seis sul-coreanos estão sob custódia da Coreia do Norte.
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