Período chuvoso registrou recorde de enchentes e desastres em 2022; Pesquisa mostra aumento de 57% no número de mortes.

Desastres causados pelo excesso de chuvas em várias regiões do Brasil nos primeiros cinco meses de 2022 superaram os números registrados em todo o ano de 2021 e chamaram atenção de especialistas. Os dados, baseados em estudos realizados pelas defesas civis das cidades brasileiras, foram divulgados pela Confederação Nacional de Municípios e podem ser conferidos abaixo.

De acordo com a pesquisa realizada, os primeiros cinco meses de 2022 somaram pelo menos 457 mortes causadas em decorrência das fortes chuvas no Brasil. No ano anterior, 290 pessoas morreram pelo mesmo motivo, no período de 12 meses, resultando em um aumento de 57% no número de óbitos por esta razão.

Os danos vieram, sobretudo, nos meses de maio e junho, quando foram registradas baixas de temperaturas históricas em algumas regiões do país. O Nordeste foi assolado por enchentes, registradas principalmente no estado de Pernambuco, e a região contabilizou um prejuízo de pelo menos R$ 3 milhões. Além das vítimas fatais, cerca de oito milhões de pessoas tiveram que sair de suas casas para evitar maiores riscos.

Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Bahia são os estados com mais óbitos registrados em 2022. Casos como o de Petrópolis (RJ) quando 223 pessoas morreram em fevereiro deste ano e, mais recente, em Recife (PE), que também registrou um alto número de mortes em decorrência das chuvas, contribuíram para o rápido crescimento de óbitos em comparação com o ano anterior.

Apesar dos dados já alarmantes, o cenário fica ainda mais preocupante quando pesquisas apontam que o período chuvoso também pode ocasionar em mortes “indiretas”, ou seja, causadas pelos resultados dos efeitos dos temporais na estrutura de mobilidade urbana, por exemplo.

Seja pelos danos causados em asfaltos de rodovias, menor aderência de pneus em pistas molhadas ou até pelo comprometimento na visibilidade na condução do veículo durante a chuva, o fato é que o número de acidentes de trânsito em períodos chuvosos sempre tende a aumentar. O problema também é reflexo da ausência de políticas públicas eficientes voltadas para planejamento e mobilidade urbana.

Nesse cenário, cresce o número de queixa de proprietários de veículos avariados por problemas relacionados ao período chuvoso do inverno. Diante disso, contratar seguro para carro pode ser uma forma de garantir assistência em casos de problemas que podem ocorrer nessa estação. Queda de árvores, inundações, panes elétricas e até acidentes de trânsito “comuns” são alguns dos problemas enfrentados por condutores em períodos de fortes chuvas.

Mas o detentor da apólice deve atentar para alguns cuidados a fim de garantir o direito do seguro do carro. Se o veículo for atingido por enchente, por exemplo, o segurado precisa acionar imediatamente o guincho e levar o veículo até a oficina. Caso o condutor tente dar partida e, por isso, causar mais danos ao veículo, a seguradora pode não indenizar devido à ocorrência de um agravamento de risco. O mesmo critério vale para casos em que são comprovados que o condutor, conscientemente, tentou atravessar uma área inundada.

Portanto, é recomendado que o proprietário do veículo fique atento não só à cotação do seguro de carro, mas também para a modalidade contratada para evitar surpresas na hora que precisar acionar o benefício.