Hospital da Criança fica localizado no bairro Jacintinho, em Maceió. Foto: Carla Cleto

O Hospital da Criança, localizado no bairro Jacintinho, em Maceió, é a primeira unidade hospitalar pública de Alagoas a contar com o serviço de pedagogos. Os profissionais possibilitam à criança internada o acesso à educação com experiência prática, estímulo à criatividade, interação e socialização.

A pedagogia hospitalar é um modo de ensino da Educação Especial, que permite o acesso à educação para as crianças com necessidades educativas especiais transitórias. Pacientes estes que, por motivo de doença, precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado.

A unidade é a primeira do Estado a ter uma classe hospitalar, que permite o acompanhamento escolar da criança por meio de atividades pedagógicas que minimizam o impacto social da internação. Com isso, é permitido o seguimento do ano escolar, mesmo que a criança permaneça internada por um período prolongado.

A vice-diretora do Hospital da Criança, Ana Carolina Ruela, destaca a importância da pedagogia no ambiente hospitalar para as crianças internas. “A pedagogia hospitalar possibilita para a criança internada uma abordagem holística e multiprofissional da aprendizagem escolar durante seu tratamento. Ela também assegura a garantia e o reconhecimento de seu direito enquanto cidadão, também no que tange à educação”, disse.

De acordo com a pedagoga do Hospital da Criança, Scheylla Santos, a prática do pedagogo hospitalar vai além do processo de ensino e aprendizagem. Isso porque, segundo ela, seu trabalho é desenvolvido de forma personalizada e humanizada, focado na melhora e na adequação das atividades às condições do estudante, que também é paciente.

“O pedagogo hospitalar busca levar o ambiente escolar para dentro do hospital, proporcionando ensino e aprendizagem para as crianças que estão impossibilitadas de frequentar a escola devido algum problema de saúde. Esse profissional tem como objetivo principal garantir que as crianças internadas, por um longo período, não sejam prejudicadas em seus estudos”, disse a pedagoga.