Política
“O poder público teima em não enxergar a situação do complexo lagunar”, afirma Cabo Bebeto


Foto: Igor Pereira
A situação de abandono do complexo lagunar Mundaú-Manguaba por parte do poder público estadual e o impacto provocado na população ribeirinha foram questionados pelo deputado Cabo Bebeto (PL), na sessão desta terça-feira, 26, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).
O parlamentar comentou que no último sábado, 23, participou de uma reunião com moradores dos bairros do Flexal de Cima, Flexal de Baixo e da Rua Marquês de Abrantes, onde, além da questão dos impactos provocados pelo afundamento do solo, também foi abordado o resultado da análise feita pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no material coletado na lagoa Mundaú, após o aparecimento de uma mancha branca na água.
“O resultado me deixou bastante preocupado e a população deve estar atenta, pois o poder público teima em não enxergar a importância daquela lagoa”, disse o deputado ao revelar que, conforme o estudo, o PH da água, onde o limite máximo é entre 6 e 9, já apresenta 8,58; a turbidez da água, cujo valor máximo permitido é de 5 UT, está em 30,51. A amônia é tolerável até 1,50 e está em 2,26; o sulfato é de até 250 e está em 388 e o fosfato, cujo valor deveria ser até 0,186, está em 4,26.
“A alteração dos números me fez ver que não houve nenhuma ação do Governo do Estado para salvar aquele complexo”, disse Cabo Bebeto, acrescentando que esse é um problema antigo. Ele lembrou que no ano passado, por meio de uma emenda de remanejamento do orçamento, fez a retirada de mais de R$ 2 milhões da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom), que era uma das ‘meninas dos olhos’ do governo Renan Filho, para viabilizar a análise e monitoramento do complexo lagunar.
O parlamentar destacou que o trabalho seria feito entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e a Ufal, em conjunto com a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). No entanto, o projeto foi aprovado e o orçamento já se encontra na conta da Fundação, mas por ‘pirraça’ o Gabinete Civil não libera. Já esse ano, Cabo Bebeto fez uma emenda impositiva, via município de Maceió, para que a situação comece a ser resolvida.
Diante dos fatos, Cabo Bebeto reforçou que, infelizmente, essa é mais uma prova da negligência do Governo do Estado, que prefere atrapalhar uma boa ação quando não é ele quem toma essa iniciativa, e isso tem interferido e afetado gravemente a população. “Espero que a prefeitura, com esse recurso, inicie o trabalho e lamento muito que, depois de sete anos de governo, não tenha havido nenhuma ação efetiva para proteger a população ribeirinha e recuperar o complexo lagunar”.
“Que isso sirva de alerta para a população alagoana e que veja o perfil que o ex-governador Renan Calheiros aplicou aqui em Alagoas, que foi de irresponsabilidade com o que faz de fato mudança na vida das pessoas”, concluiu Cabo Bebeto.
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