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Contaminação por covid em dezembro valida isenção médica de Djokovic, diz defesa

08/01/2022
Contaminação por covid em dezembro valida isenção médica de Djokovic, diz defesa

A defesa de Novak Djokovic apresentou à Justiça australiana, neste sábado, documentos para comprovar que o tenista teria testado positivo para covid-19 em 16 de dezembro do ano passado. A contaminação há pouco menos de um mês deixaria o sérvio livre para entrar na Austrália, onde chegou na última quarta-feira para disputar o Aberto do país, mas acabou barrado no aeroporto ao apresentar um atestado de isenção de vacina, que não foi reconhecido pelas autoridades.

Segundo a agência de notícias Associated Press, os documentos apresentados pela defesa do tenista mostram que ele recebeu uma carta do médico oficial da Tennis Australia, órgão regulador do esporte no país, no dia 30 de dezembro. O texto registra “que ele (Djokovic) recebeu uma isenção médica de vacinação contra covid pois se recuperou recentemente da doença”.

No dia 14 de dezembro, dois dias antes de testar positivo, o tenista acompanhou uma partida da liga europeia de basquete, em Belgrado, onde tirou fotos abraçando jogadores dos times.

A Austrália não permite a entrada de estrangeiros que não estejam vacinados contra a covid-19, porém estabelece algumas exceções, uma delas para pessoas que tiveram a doença nos últimos seis meses, critério no qual o número do 1 do mundo se encaixaria, de acordo com os argumentos apontados neste sábado.

Pessoas que não tomaram o imunizante para não piorar um quadro clínico grave causado por outra doença ou porque apresentaram reação grave na primeira dose também podem receber a isenção para entrar no país da Oceania.

Djokovic chegou a receber um atestado do governo estadual de Victoria e da organização do Aberto da Austrália no dia 1º de janeiro, após fornecer informações de exames feitos com painéis médicos independentes. Assim, conseguiu a aprovação do visto, mais tarde revogada por autoridades federais na chegada ao Aeroporto de Melbourne.

Desde então, o sérvio está confinado em um hotel especial da imigração australiana, reservado a refugiados, esperando pela audiência sobre o caso, marcada para segunda-feira. Caso não consiga reverter o cancelamento do visto e for deportado, Djokovic pode ficar proibido de entrar no país por até três anos.

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