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Time Brasil está otimista para estreia do surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio

18/05/2021
Time Brasil está otimista para estreia do surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Gabriel Medina, Italo Ferreira, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima participarão de um momento histórico nos Jogos Olímpicos. Os quatro atletas que representarão o Brasil na estreia do surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 demonstram muita vontade e garra para a conquista de uma medalha. “No que depender de mim, vou chegar lá com muita vontade de trazer esse ouro”, disse sem titubear o bicampeão mundial Gabriel Medina. “Vou dar o meu melhor para trazer essa medalha inédita”, disparou o atual campeão mundial Italo Ferreira.

A ala feminina também não deixa por menos. A atleta que acaba de vencer a etapa de Margaret River, na Austrália, e assumiu a vice-liderança do Circuito Mundial, Tatiana Weston-Webb, e a eleita oito vezes a melhor surfista brasileira Silvana Lima contam que estão em treinamento intensivo para ganhar uma medalha e ambas dizem estar tranquilas física e psicologicamente. “Estou muito feliz em conquistar o meu sonho de estar no maior evento esportivo do mundo. E, o mais importante, estou bastante otimista”, afirmou Tati.

Os surfistas olímpicos foram selecionados a partir do ranking de 2019 do Circuito Mundial de Surfe, maior competição da modalidade no mundo, promovida pela WSL (World Surf League). No total serão 40 atletas da elite do surfe mundial que estarão na Olimpíada de Tóquio, no Japão – 20 homens e 20 mulheres, com no máximo dois representantes de cada país em cada gênero.

“Acho que o Brasil vai chegar muito forte nos Jogos Olímpicos. Vejo que estão todos motivados, preparados e animados. E, sem dúvida, o surfe vai crescer ainda mais com essa entrada nos Jogos Olímpicos de Tóquio”, considerou Medina, atualmente em primeiro no ranking da WSL. “É algo indescritível, nunca imaginei participar desse momento histórico. Estou treinando bastante e será uma honra representar nosso país”, acentuou Italo.

Tatiana Weston-Webb alega não ter nem palavras para descrever a emoção que é fazer parte dos Jogos. Gaúcha, filha de brasileira com inglês, reside em Kauai, ilha do arquipélago do Havaí, conta que não tem um treino específico para vencer as ondas do Japão. “Fico surfando muito, o tempo todo, e o Comitê Olímpico do Brasil tem me dado suporte, disponibilizando uma equipe de nutrição, preparador físico e fisioterapeuta, o que tem me ajudado bastante a fortalecer meu treino. E, claro, tenho trabalhado a mente também”.

Os quatro brasileiros já surfaram as ondas do Japão e até levaram medalhas quando competiram no país. No Pré-Olímpico disputado durante o ISA World Surfing Games, de 2019, em Miyazaki, Italo conquistou o ouro e Medina, o bronze. “Foi ótimo poder ir lá antes dos Jogos e conhecer o Japão, a sua cultura e para começar a adaptar”, contou Medina.

Já Silvana ficou com a prata no feminino da competição. “Foi incrível essa conquista no Japão, não conhecia o país e só de ter subido ao pódio fiquei muito feliz. Também conheci um pouco das ondas locais”, revelou.

Mas especificamente a praia Tsurigasaki, escolhida para sediar as competições de surfe nos Jogos Olímpicos, os brasileiros ainda não conhecem. “Sabemos que são um pouco parecidas com as ondas do Nordeste do Brasil, então acredito que vamos nos adaptar rápido”, disse Silvana. “Estou preparado para tudo. Cada lugar apresenta ondas diferentes. O que eu faço sempre é me preparar fisicamente e mentalmente para conseguir surfar em qualquer lugar do mundo e dar o meu melhor, me divertindo, pois faço o que mais gosto”, afirmou Italo.

Medina obteve a informação de que as ondas não são as tradicionais que costumam pegar no Circuito Mundial. “Parece que são menores e com menos força e, sabendo disso, vou me preparar para essa situação. Pretendo perder peso para ficar um pouco mais leve e poder surfar essa onda nas melhores condições”, comentou. “Nunca surfei nessa praia, mas já surfei em outro local que deve ter condições parecidas ao do ISA Games de 2019, quando fui super bem. Geralmente é mais beach break e ondas menores”, explicou Tati.

Os quatro estão em Rottnest Island, na Austrália, para a disputa da quinta etapa do Circuito Mundial. Com o mar calma, a terça-feira foi de folga para os surfistas. Uma nova chamada será feita na manhã desta quarta (horário local), noite de terça no Brasil.

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