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Hamilton cobra apoio após ato antirracismo apressado: ‘Não acham importante’

O britânico Lewis Hamilton cobrou mais apoio da FIA e da Fórmula 1 e pediu esforço maior de outros pilotos na luta contra o racismo, depois de apenas alguns deles se ajoelharem antes da GP da Hungria deste domingo.
Como nas duas corridas anteriores nesta temporada, todos os pilotos deveriam se reunir antes do Hino Nacional, usando camisetas com uma mensagem contra o racismo. Hamilton e outros, como Valtteri Bottas, seu companheiro na Mercedes, e Sebastian Vettel, da Ferrari, se ajoelharam, enquanto outros pareciam estar apressados, chegando atrasados e nem mesmo em posição.
Isso significou que, antes que os pilotos estivessem reunidos, a execução do hino se iniciou, e Hamilton e os demais ajoelhados tiveram de se levantar rapidamente em respeito ao país anfitrião.
“Definitivamente, não há suporte suficiente para isso. Do ponto de vista do piloto, muitas pessoas parecem ter a opinião que fizeram (ajoelharam-se) uma vez e não vão fazer isso de novo. Eu não sei suas razões para isso”, disse Hamilton, após a corrida.
“Tudo o que eu posso dizer é que não estamos fazendo o suficiente. Eu acho que ainda há indivíduos pensando não ser importante”, acrescentou o hexacampeão mundial e único piloto negro na F-1. “Não acho que esteja sendo levado a sério”, disse o britânico.
Hamilton afirmou que a FIA e a Fórmula 1 deveriam ser mais assertivas, citando o exemplo de outros campeonatos e esportes em ações de combate ao racismo. “Não é bom o suficiente, quando você vê em outros esportes. É como se tivesse sido tirado da agenda. Falta liderança e em última análise, é preciso haver liderança do topo. Atualmente não há isso”, afirmou.
O britânico prometeu contatar pessoalmente o presidente da FIA, Jean Todt, nesta semana, para buscar uma melhoria na maneira como a mensagem antirracismo está sendo passada. “Entrarei em contato com a Fórmula 1 esta semana, falarei com Jean porque ninguém mais vai fazer isso. Acho que precisamos de um líder. Onde está Jean nesse cenário?”, questionou.
O piloto já havia declarado que a Fórmula 1 não faz o suficiente para enviar uma mensagem forte contra o racismo, e afirmou que não pode ser o único a liderar um movimento sobre assunto. “Não deveria ser para mim ter de ligar para as equipes e dizer ‘Ei, o que você está fazendo? Qual é o seu plano?’. Isso deve ser anunciado e discutido de cima para baixo, deveria vir das entidades mais altas que controlam (o esporte) e puxam as cordas”, concluiu.
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