Economia
Bolsas da Europa fecham em alta com programa de recuperação econômica
As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 27, após a Comissão Europeia divulgar um plano de 750 bilhões de euros destinado à recuperação econômica do bloco, em meio à crise provocada pelo coronavírus. O índice Stoxx 600 encerrou com ganho de 0,24%, a 349,75 pontos.
O bom humor predominou nos negócios desde o início do dia, repercutindo o anúncio do programa “Próxima Geração”, que incluirá 500 bilhões de euros em repasses diretos e 250 bilhões de euros em empréstimos. O pacote ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento europeu, mas o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, expressou otimismo de que os países do bloco chegarão a um acordo.
Na avaliação do Danske Bank, a proposta é positiva e sinaliza o compromisso dos líderes da região com o projeto europeu. “Ela não resolve a questão dos altos níveis de dívida, mas deve ajudar as economias europeias no curto prazo, reduzindo o risco de uma recuperação assimétrica”, avalia.
Diante do cenário de menor aversão ao risco, o índice FTSE 100 terminou com avanço de 1,26%, a 6.144,25 pontos, na Bolsa de Londres.
As discussões sobre a saída do Reino Unido da União Europeia continuam a repercutir no país. Nesta quarta, um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reiterou o compromisso do governo com o prazo de 31 de dezembro deste ano para o fim do período de transição do Brexit.
Em Frankfurt, o DAX subiu 1,33%, a 11.657,69 pontos. Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel se disse confiante de que o Budersbank (o banco central alemão) não precisará abandonar o programa de compra ativos da autoridade monetária da zona do euro, mesmo após o Tribunal Constitucional da Alemanha exigir que a proporcionalidade do programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) seja comprovado.
Em evento online durante a madrugada, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a contração do Produto Interno Bruto (PIB) por conta da covid-19 deverá ficar entre os cenários “médio e severo”.
O alerta, no entanto, não foi suficiente para reverter o otimismo no mercado e o índice FTSE MIB ganhou 0,28%, a 17.910,25 pontos, em Milão. Já em Paris, o CAC 40 teve alta de 1,33%, a 11.657 pontos.
O recrudescimento das tensões entre Estados Unidos e China também não teve muito efeito sobre as ações europeias. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, informou ao Congresso que Hong Kong não dispõe mais de autonomia em relação à Pequim, uma medida que retira o tratamento especial do território sob a legislação dos EUA.
Em Madri, o Ibex 35 avançou 2,44%, a 4.688,74 pontos, enquanto, em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,12%, a 4.304,54 pontos.
Autor: André Marinho
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