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Posse da escritora jornalista capixaba

“Sou uma jornalista que escreve livros”. Essa frase foi tirada do discurso da jornalista e escritora capixaba Manoela Ferrari, na ocasião de sua posse na Academia Feminina Espírito-santense de Letras.
Arte, Educação e Cultura: três substantivos femininos que se somaram à comemoração do Dia Internacional da Mulher, no Espírito Santo. A Academia-Feminina Espírito-santense de Letras celebrou a posse de novas escritoras com uma bela cerimônia que revisitou a historiografia de ilustres capixabas, incluindo homenagens a artistas, professoras e escritoras que prestaram importantes serviços ao Estado.
Acompanho o trabalho da nova acadêmica há muitos anos. Colaboradora do Jornal de Letras, desde 2004, Manoela Ferrari passou em primeiro lugar no vestibular da UFES, em 1984, ano em que se mudou para o Rio de Janeiro, em busca de aprimoramento cultural. Formada em Comunicação e em Letras, pela PUC-Rio, trabalhou, em 1988, na extinta TV Manchete, como repórter de vídeo, onde a conheci, e apresentou, em 1990, o programa de Arte e Cultura “Caderno 2”, na TV Educativa.
Tive o prazer de lançar o seu primeiro livro, “Entrelinhas”, em 2011. Assinei a contracapa da obra, onde atestei: “Generosa, a escritora possui a rara capacidade de compartilhar os espaços de significação de sua escrita com os seus leitores, a quem delega o desafio de preencher as entrelinhas. O seu livro tem indiscutível qualidade literária”.
No prefácio, meu saudoso colega da Academia Brasileira de Letras, Luiz Paulo Horta, elogiou a inteligência de sua ex-aluna: “Manoela Ferrari possui o ‘mal’ de muitas pessoas inteligentes: a indagação contínua. Algumas coisas ela conta, mas o principal, como diz o título, tem que ser lido entre as linhas”.
Com 17 livros publicados, entre autoria e organização, a trajetória da jovem acadêmica capixaba comprova o acerto de nossa aposta em seu talento. A potência dos seus escritos revela a confiança que sempre depositou na Cultura. Filha e irmã de saudosos pianistas (a mãe, Sônia Cabral, fundadora da Orquestra Sinfônica do ES. O irmão, Manolo Cabral, referência na música erudita do Estado, ambos com bustos erguidos em monumentos públicos de Vitória), Manoela Ferrari herdou do pai, o jornalista Marílio Cabral – a paixão pelo jornalismo.
O indiscutível talento, aliado à inegável sensibilidade de seus textos, no entanto, me permitem discordar da modesta afirmação inicial, que deveria alterar a ordem: Manoela Ferrari é uma escritora que escreve em jornal. Basta ler quaisquer de suas matérias para comprovar o fato.
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