Economia
Há um longo caminho com as reformas econômicas, diz Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na noite da quarta-feira, 5, que a Bolsa está “supervalorizada”, alertando que “temos de tomar um certo cuidado”, pois ainda “há um longo caminho” a ser percorrido com o andamento das reformas econômicas, como a tributária e a administrativa.
“Muitos (empresários) não querem mudar nada (no sistema tributário). Não é justo a gente ficar concentrando os nossos esforços, e a unanimidade dos empresários, nas reformas previdenciária e administrativa, porque elas atingem os servidores públicos e os brasileiros mais simples. Naquelas (tributária) que eles (os empresários) vão ajudar, se eles não querem ajudar, também não é justo”, advertiu. “Se a gente não resolver o sistema tributário, eles (os empresários) vão pagar a conta lá na frente.”
Em entrevista à GloboNews, o parlamentar disse que o Brasil “ainda está em crise” e “cresceu só 1% em 2019, e o último trimestre foi muito pior que a gente esperava”. Sem aprovar as próximas duas reformas da fila e sem encontrar soluções para mostrar a investidores preocupação do País com a preservação ambiental, ele comentou, o crescimento vai continuar em um nível baixo.
Para Maia, falar que o País vai crescer “2%, 3% ou 4% é excesso de otimismo” e diminui a “urgência” de passarem pelo aval do Congresso as reformas consideradas fundamentais após a aprovação das mudanças nas regras da Previdência Social. Ainda assim, o deputado considera haver “espaço” no Congresso para avançar com a proposta do governo para a reforma da administração pública e a tributária ao mesmo tempo.
Maia foi questionado sobre a diferença das suas declarações sobre o governo federal no ano passado, quando chegou a se referir ao Palácio do Planalto como uma “usina de crises”, em relação ao início de 2020 – ele afirmou tratar de temas que considera relevantes diretamente com o presidente Jair Bolsonaro, com quem tem, nas suas palavras, “uma ótima relação”.
O presidente da Câmara abordou, por um lado, os efeitos de polêmicas gestadas pelo próprio Executivo sobre a economia, apontando que a projeção, no fim de 2018, era de que o PIB brasileiro cresceria 2,5% em 2019, mas “virou 1%” por causa das crises amplificadas dentro do próprio governo. Por outro, Maia apontou para a sua sintonia com a agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Diante da insistência sobre uma eventual mudança de tom em relação a Bolsonaro, Maia ainda elogiou a postura do presidente na discussão em torno do peso de impostos sobre o custo do combustível nos postos de gasolina. Na sua visão, Bolsonaro adotou uma “posição corajosa” ao oferecer uma eventual perda de arrecadação com a isenção de impostos federais sobre o combustível como forma de baixar o preço cobrado na bomba.
Autor: Nicholas Shores
Copyright © 2020 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1LITORAL NORTE
Incêndio de grande proporção atinge Vila Porto de Pedras em São Miguel dos Milagres
-
2DEMARCAÇÃO EM DEBATE
Homologação de terras indígenas em Palmeira dos Índios é pauta de reunião entre Adeilson Bezerra e pequenos agricultores
-
3SAÚDE
Lady Gaga em Copacabana: Artista usa Yoga para tratar condição que fez cancelar show no Brasil em 2017
-
4FUTEBOL
Pré-temporada: ASA x Falcon se enfrentam nesta segunda-feira (23), no Fumeirão
-
5ACIDENTE
Condutor desvia de animal e colide com mureta na AL-115 em Palmeira dos Índios