Economia
PMI Composto sobe para 52,2 em janeiro, diz IHS Markit
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto do Brasil ganhou tração em janeiro e atingiu a marca de 52,2 pontos, dos 50,9 de dezembro, na série com ajuste sazonal. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 5, pela IHS Markit. Quando acima da marca de 50 pontos, o indicador mostra melhora nas expectativas de empresários na comparação com o mês anterior.
O número de janeiro é resultado da média ponderada dos desempenhos dos serviços e da indústria. Em janeiro, ambos registraram acréscimo nas taxas: o primeiro acelerou à marca de 52,7 pontos, de 51,0 em dezembro, enquanto o último oscilou positivamente para 51,0, de 50,2 na divulgação anterior.
Em nota, a IHS Markit ressaltou que o crescimento do PMI Composto foi puxado pela melhora dos serviços, que, em janeiro, cresceram à taxa mais rápida dos últimos sete meses. A atividade cresceu em todas as categorias monitoradas – a exceção foi a área de Transporte e Armazenamento, que apresentou retração no período.
“Os aumentos acelerados nos volumes consolidados de vendas e de produção foram acompanhados por um retorno à criação de empregos, com os índices do PMI para todas essas três medidas registrando crescimento acima de suas taxas médias de longo prazo”, diz a economista Pollyanna de Lima, da IHS Markit, na nota de divulgação do indicador.
O nível de empregos do setor de serviços cresceu pelo sexto mês consecutivo. Segundo o levantamento, o recrutamento de pessoal resultou de uma atividade de negócios mais elevada, com reestruturações internas, ambiente favorável de demanda e previsões otimistas de crescimento. Com isso, o nível de emprego do setor privado cresceu a ritmo modesto, mas o mais rápido desde outubro de 2019.
O nível de confiança em relação à atividade nos próximos 12 meses ficou estável nas empresas de serviços, sustentado por aumento do número de clientes, cenário econômico favorável e reformas das políticas governamentais, bem como por melhora dos investimentos. Na outra ponta, os volumes de trabalho pendentes diminuíram, mas ao menor ritmo desde março de 2018.
Os preços cobrados por prestação de serviços aumentaram, na esteira de um acréscimo nos custos operacionais das empresas do setor. Mesmo assim, os preços de venda cresceram às menores taxas de seis meses, com inflação mais branda em Transporte e Armazenamento, Informação e Comunicação e Finança e Seguros. Os entrevistados citaram como principais pressões de custos os empregos e preços mais altos de energia, alimentos, combustíveis e água.
Autor: Cícero Cotrim
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